O jogador Ángel Di María fez novas revelações sobre às ameaças que recebeu durante a negociação para um retorno ao Rosário Central, da Argentina. Nesta terça-feira (30), o ídolo albiceleste contou que sua irmã recebeu uma caixa com uma cabeça de um porco com uma bala na testa, junto a uma ameaça de morte a Pía, sua filha. O relato foi dado ao jornal argentino Olé.

Di María chegou a negociar com o Rosário Central, mas recuou devido à violência – Foto: Juan Mabromata/AFP via Getty Images

Nos últimos meses, Di María, que está livre no mercado, abriu conversas com a equipe que o revelou. No entanto, o jogador recuou nas tratativas após às ameaças sofridas por ele e sua família. De acordo com o argentino, sua esposa, Jorgelina, e suas filhas estavam entusiasmadas com a ideia da mudança. Mas os planos acabaram frustrados.

“Eu tinha tudo pronto para voltar, mas as ameaças ultrapassaram todos os limites. Deixaram uma caixa com uma cabeça de porco e uma bala na testa, junto com uma nota dizendo que, se eu voltasse, a próxima cabeça seria da minha filha Pía”, explicou o jogador, que disse que o caso não foi denunciado pela sua irmã por medo.

Di María, violência e ameaças na Argentina

Di María em registro na Bombonera, estádio do Boca Juniors – Foto: Juan Mabromata/AFP via Getty Images

Rosário Central passa por um período de ascensão das facções de tráfico de drogas, o que a torna a cidade com a situação de violência mais grave atualmente na Argentina. Inclusive, as declarações de Di María sobre a preocupação com este cenário teriam sido o gatilho para às ameaças que vem sofrendo. Assim, as hostilidades não teriam ligação com questões de torcidas organizadas de futebol, mas sim com o contexto de violência urbana local, conforme a própria polícia argentina já afirmou.

Ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich chegou a classificar como “narcoterrorismo” o caso de ameaças contra Di Maria. Ela chegou a afirmar que mantinha conversas com a família do jogador no início do ano. Inclusive, teria apresentado ações do governo a fim de tranquilizá-los sobre a situação da cidade. Porém, o jogador oficializou em abril a sua decisão de não retornar ao Rosário Central.

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