O Fluminense se viu em situação difícil após vitória do Flamengo por 2 a 0, na partida de ida da final do Carioca. A equipe entrou focada e conseguiu igualar a disputa ainda na primeira etapa do segundo prélio, no último domingo (9). Aliás, o Tricolor construiu um triunfo por 4 a 1 e conquistou o bicampeonato estadual. O técnico Fernando Diniz tem mérito na parte tática e também no convencimento dos jogadores de que era possível inverter a desvantagem.
O comandante utilizou sua formação em psicologia para motivar seu elenco. Inicialmente, ele teve a iniciativa de discursar após o resultado positivo por 3 a 1 sobre o Sporting Cristal, na estreia da equipe pela Libertadores, em Lima, no Peru.
“Rapaziada, parabéns aí pela vitória. A partir de agora, a gente pensa no nosso título. Todo mundo que acredita! Nós já estamos trabalhando para c*** nesse jogo. Preparar o melhor Fluminense para jogar domingo, que é o da Páscoa. Agora, só Flamengo e só título” – fazendo movimento em que indicava para a cabeça, declarou o treinador.
Lado emocional como ponto chave da virada do Fluminense
Em seguida, o Tricolor retornou ao Brasil e sua preparação foi curta. Duas atividades na última sexta e sábado. Os treinamentos foram focados em ajustar a questão tática do time. O plano de Diniz era surpreender o arquirrival. A cereja do bolo seria o incentivo emocional.
Normalmente, o ônibus do Fluminense chega ao Maracanã uma hora e meia antes do início da partida. No entanto, o comandante pediu uma mudança de rota e pediu que na oportunidade o grupo fosse antes para o estádio.
A ideia do treinador era alterar o local da preleção, que usualmente ocorre no hotel passou para o vestiário do palco da decisão. Assim, Diniz preparou uma apresentação voltada para a relação do jogador com a bola de futebol.
O comandante foi atleta profissional e ex-meia. Ele relembrou da morte do pai quando tinha oito anos e como o futebol o ajudou a superar essa perda. No caso, Diniz frisou que a bola era sua melhor amiga e sua válvula de escape. Desse modo, assegurou que os jogadores precisam ter a bola para serem felizes.
“Eu só chorei, só chorei. Pitbull também chora”, respondeu Felipe Melo ao ser perguntado sobre o momento.
Gols marcantes em outras decisões de carioca com o arquirrival
Fernando também uso de gols icônicos do Fluminense em conquistas sobre o Flamengo. Um exemplo disso, os tentos de Assis nos títulos estaduais de 1983 e 1984. Além disso, o gol de barriga de Renato Gaúcho, em 1995.
Na sequência, o técnico disse que era a vez dos atletas desse elenco fazerem história.
“Alguns até choraram com as palavras dele. Foi algo especial, um momento que nunca tinha vivido. Um cara que consegue transmitir do jeito que ele transmite, era algo para realmente ficar emocionado, motivado. Acho que o Fernando (Diniz) teve um papel importante para nós esta semana”, relatou Árias.
“A confiança com que ele falava era como se Deus o tivesse iluminado, realmente convencido do que dizia. Na preleção, falou que nós conseguiríamos fazer algo histórico. E ele falava como se conseguisse ver o futuro: “Hoje só vai dar a gente, do jeito que nós gostamos, do jeito que marca nosso time. E, se você viu o jogo, fomos totalmente superiores ao Flamengo”, acrescentou o colombiano.
Portanto, o comandante soube aproveitar muito bem os momentos com seus jogadores durante a semana. Por sinal, com suas atitudes nos bastidores confiou que o título era possível mesmo com o cenário adverso.
Além disso, a primeira conquista de expressão na sua trajetória como treinador. Como recebeu cartão vermelho por reclamação na primeira partida, Diniz não pôde ficar na área técnica. Dessa maneira, ele acompanhou a decisão em uma cabine do estádio e depois foi participar da celebração com seu grupo de jogadores no gramado.
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