Diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano disse para a ESPN que em toda a sua carreira, desde os tempos de jogador, jamais havia visto cenas como as que foram protagonizadas por vários membros do staff do Boca Juniors após a partida em que o Galo, nos pênaltis, superou o time argentino e avançou às quartas de final da Libertadores, nesta terça-feira, no Mineirão.
“Infelizmente, atletas, comissão técnica, diretoria do Boca entraram no espaço que não era deles. Se não fosse a nossa segurança particular do Galo, porque a polícia é proibida de entrar dentro do estádio, coisa muito pior poderia ter acontecido. As câmeras estão aí para mostrar o que ocorreu. Por muito pouco eles não entraram no nosso vestiário. Inacreditável. Nenhum jogador do Galo fez nada. A gente comemorou dentro do vestiário. E aqui no Mineirão cada vestiário fica muito distante um do outro”.
Toda a confusão começou quando a arbitragem, ao analisar o VAR, anulou um gol do Boca Juniors, marcado por Weigandt aos 17 minutos do segundo tempo. Entre o momento do gol e a confirmação da sua anulação, cerca de dez minutos, houve pressão, confusão fora de campo e alguns membros do staff do Boca chegaram a pegar uma caixa de som para tentar jogar nos atleticanos. O jogo seguiu 0 a 0, placar da partida de ida, e foi para os pênaltis. O Galo venceu por 3 a 1. Terminada a partida, revoltado, o staff do Boca iniciou uma confusão no salão que dá para os vestiários. Ocorreu um quebra-quebra, com vários objetos do patrimônio do Mineirão sofrendo danos. Além disso, supostamente ocorreu uma tentativa de invasão dos vestiários do Atlético e do árbitro.
Para Rodrigo Caetano, o Boca foi um mau perdedor:
“Passa a impressão de que eles infelizmente não souberam perder e isso já tinha acontecido lá. Eles reclamando de arbitragem, troca de juiz, punição do árbitro entre um jogo e outro. Estão querendo dizer que houve um erro. Mas o VAR é uma ferramenta para minimizar erros e fazer justiça. O Galo venceu com total mérito. Não temos nada a ver com isso. Lamentamos profundamente a forma como se portaram. Isso se transformou em caso de polícia. Espero que as autoridades tomem as devidas providências”
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