- Fotos: Alexandre Vidal/Marcelo Cortes/Flamengo
A derrota para o Ceará por 2 a 0, no Maracanã, no domingo (10), pelo Campeonato Brasileiro, trouxe mais dúvidas do que certezas no Flamengo. Uma delas é quem deve fazer dupla de ataque com o ponta-esquerda Bruno Henrique.
Barrado nesta partida, o astro Gabigol vinha sendo o preferido do técnico Rogério Ceni, que vê a mobilidade do ídolo rubro-negro importante para vencer as defesas adversárias. Mas o jogador não faz balançar as redes desde o dia 13 de dezembro quando marcou dois na vitória de 4 a 1 sobre o time misto do Santos no Maracanã. Depois disso, ele fora expulso nos 4 a 3 sobre o Bahia; cumpriu suspensão no 0 a 0 com o Fortaleza, no Castelão, e passou em branco na derrota de 2 a 1 para o Fluminense. Entrando aos 15 minutos do segundo tempo contra o Ceará, jogou pela direita, sem melhorar a equipe. No Brasileirão, fez apenas sete gols em 15 jogos, média de 0,5. No ano passado marcou 20 vezes.
Visto com uma reserva de luxo e adorado pela torcida, o centroavante Pedro foi titular contra o Ceará, mas não foi bem, perdendo três gols. Mas ele é o artilheiro do time em 2020 com 21 gols, 11 deles no Brasileirão em 24 partidas ou média de 0.5. O atacante se movimenta menos no ataque do que seu rival Gabigol, mas sabe fazer o pivô, sendo uma referência para os jogadores de meio de campo na área adversária. Titular em 15 jogos, perdeu o gol, de pênalti, que poderia dar a vitória ao Flamengo contra o Fortaleza.
Apesar de terem jogado juntos por 17 minutos contra o Ceará, o técnico Rogério Ceni não os vê como dupla de ataque do Flamengo. Não por enquanto. Ele alega que não treinou o time para isso.
“Acho que essa pergunta é um pouco mais complexa do que parece à primeira vista. A meu ver, a resposta tem necessariamente a ver com a forma como o time quer jogar, tanto com bola quanto sem. O Gabigol é um fenômeno atacando espaço. Se o time conseguir criar espaços e acioná-lo de frente, atacando a profundidade, não tem outro atacante no Brasil que chega nem perto do nível dele. O Pedro, por outro lado, te oferece mais opções: jogo de costas, retenção da bola longa, jogo aéreo, outros tipos de finalização… Então realmente depende do que o Rogério quer do ataque. Até por isso, eu acho que os dois podem ser complementares e podem, sim, jogar juntos”, Téo Benjamim, analista de futebol, autor do livro “Outro Patamar”, que analisa a histórica temporada de 2019 do Flamengo.
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