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Um grande nome do jornalismo esportivo brasileiro, Divino Fonseca morreu nesta sexta-feira, aos 80 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Ele enfrentava problemas pulmonares e usava um cilindro de oxigênio domiciliar. Mas o corpo do jornalista foi sepultado em Porto Alegre, neste sábado.

Entre os veículos que contaram com o excelente trabalho de Divino destacam-se Folha da Tarde, Diário do Sul, Revista Placar e Zero Hora. Também trabalhou uma década no Lance!, onde foi repórter especial, mas também correspondente no Rio Grande do Sul. Tinha um texto considerado criativo e de excepcional qualidade.

“É o Dostoiévski dos Pampas” disse jornalista Juca Kfouri em sua coluna no Uol. Os dois trabalharam juntos na Placar e no Lance! e Kfouri fez alusão de Divino com aquele que é considerado, ao lado de Tolstoi, o maior escritor russo e autor de “Crime e Castigo” e “Irmãos Karamazov”.

Divino Fonseca fez grandes contribuições para o jornalismo esportivo brasileiro – Arquivo Pessoal

Além disso, o jornalista participou das coberturas históricas da Copa do Mundo de 1974, 1978, 1986, mas também fez muito sucesso cobrindo o tricampeonato brasileiro do Internacional, em 1979.

Divino nasceu em Barra do Ribeiro, Região Metropolitana de Porto Alegre, mas se mudou para a capital jovem, formando-se em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em sua homenagem, a Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Acerg) e o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) publicaram notas de pesar.

Declaração da Aceg

A Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Aceg) lamenta, com grande tristeza, o falecimento do colega Divino Fonseca, aos 80 anos de idade, ocorrido nesta sexta-feira (9), em Porto Alegre. Nascido em Barra do Ribeiro, ainda jovem veio para Porto Alegre. Formado pela UFRGS, iniciou carreira na Companhia Jornalística Caldas Júnior, como estagiário da Folha da Tarde, passando ainda por Zero Hora.

Tornou-se conhecido nacionalmente como repórter da revista Placar. Afinal, seus textos de inconfundíveis clareza e criatividade mostraram ao Brasil a ótica gaúcha sobre as conquistas de Internacional e Grêmio ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990.

Divino Fonseca há algum tempo sofria de complicações pulmonares, o que acabou provocando uma parada cardíaca. Divino foi velado ao longo deste sábado (10) e sepultado no Cemitério São João, no bairro do IAPI, na Capital. A Aceg presta sua solidariedade aos familiares e amigos.

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