Após sua primeira convocação, Dorival Júnior respondeu os jornalistas sobre uma lista recheada de novidades e uma reformulação “contínua”, segundo o próprio treinador. Uma das ausências é Neymar, que teve ruptura de ligamento cruzado anterior e também ruptura do menisco em outubro. O treinador explicou que tem que respeitar os protocolos e que o atacante também está sendo monitorado.

“O Neymar está sendo monitorado, podem ter certeza. Ele está tentando acelerar o processo, temos de respeitar os protocolos. Uma lesão difícil, complicada, mas ele é um grande profissional. Ele sabe da importância dele e com certeza fará de tudo para estar com todos nós”, disse, antes de falar novamente sobre a reformulação sem criticar o trabalho anterior.

Dorival Júnior fez sua primeira convocação como técnico da Seleção Brasileira – Foto: Lucas Bayer/Jogada10

“Eu acredito em uma reformulação como vem sendo desenvolvida. Quando falo em recuperação pelos últimos resultados e aqui não temos de culpar nada e ninguém. Virou alerta, não é mudança brusca, é voltar à normalidade, ao respeito que o Brasil teve fora. É nisto que pontuei, jamais como soando como crítica ao que seja”, explicou

“O futebol brasileiro precisa disso e temos de encarar este fato e o momento. Não podemos deixar que estes resultados perdurem. Penso na Copa do Mundo em dois anos e meio. Podem ter certeza que teremos resultados que de repente possam surpreender. Acreditem, confiem no trabalho, porque nos preparamos muito para que um dia isto aconteça. Não tenho dúvidas que estaremos presentes novamente em uma decisão de Copa. Nosso trabalho será voltado a isso”, concluiu.

Aspectos táticos e convocação inicial

Durante a coletiva, o treinador explicou como que a convocação é uma relação inicial para conhecer melhor os atletas e realizar um trabalho de forma contínua. Além disso, destacou que existe uma pré-lista e que todos serão monitorados ao longo deste ciclo para um encaixe tático de forma mais rápida. Ele também explicou que a convocação foi pautada nos ascpetos táticos e que começa a desenhar o que pensa sobre a distribuição dos atletas em campo.

“Temos de ter cuidados sempre, mexemos com profissionais de excelente nível, cada um deles buscando um espaço e é natural que dos muitos nomes levantados só podemos contar com 26 num primeiro momento. É uma relação inicial, espero que todos entendam que o trabalho continua. Hoje mesmo vamos observar jogos de competições e os nomes podem alterar com o tempo”, salientou:

“Uma pré-lista que pode aumentar ao mesmo tempo que alguns nomes saírem, mas todos serão monitorados, e é uma obrigação de todos nós. Não fugiremos desta responsabilidade. Não foi fácil elaborar a lista, temos de pensar em muitos detalhes além do principal, que é o encaixe tático que buscaremos neste curto espaço de tempo”, acrescentou:

“Baseamos a convocação em cima de aspectos táticos e a partir de hoje começamos a desenhar de maneira mais direta. Até então, a preocupação foi tentar alinhar o máximo possível os nomes em uma configuração inicial. Agora detalharmos mais, procuramos um encaixe momentâneo de peças, até termos todos em condições, no campo, observando diretamente. Vai ser agora nosso grande desafio. Até então pensamos muito no momento de cada um e as qualidades que apresentavam, para um encaixe teórico. Agora é colocar em um sistema que os deixem confortáveis. Vai ser o grande desafio a partir de agora”, elucidou.

Agenda da Seleção

Em diálogo com a Real Federação Espanhola de Futebol, a CBF conseguiu aumentar de 23 para 26 o número de convocados. O pedido é para que Dorival Júnior possa ver de perto mais jogadores na única lista antes da Copa América. Além disso, a Inglaterra também concordou com a lista maior para o amistoso em Wembley.

Além dos jogos com Espanha e Inglaterra, a Seleção Brasileira fará mais dois amistosos contra México e Estados Unidos em junho, dias antes da Copa América. Depois disso, a Seleção fará sua estreia pela competição no dia 24 de junho, contra a Costa Rica ou Honduras. O segundo compromisso pela fase de grupos será contra o Paraguai, no dia 28, e o terceiro contra a Colômbia, marcado para 2 de julho.

Após um dos piores anos de sua história, com derrotas, um empate e apenas três vitórias em nove partidas, o Brasil projeta um recomeço com Dorival Júnior. Assim, Fernando Diniz foi o comandante interino na última temporada, porém a entidade não conseguiu finalizar o acordo com Carlo Ancelotti. Por fim, o italiano optou por renovar com o Real Madrid, e a confederação decidiu não dar sequência ao trabalho do treinador do Fluminense.

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