E não é que o Flamengo venceu? – II

Sim, por 3 a 0, sobre o Volta Redonda, neste sábado de Carnaval.  Um gol de pênalti. Foi das partidas mais irritantes do ano, diante de um adversário que é mero participante do Estadual, pois já não briga para disputar o quadrangular decisivo e sequer para escapar da degola. Tite, técnico para futebol de botões – pelo menos se veste como tal – não consegue fazer o Flamengo jogar. Não há atuação que consiga convencer. Aos trancos e barrancos, e entre devaneios na Califórnia, o clube da Gávea vai cavando um lugarzinho no quadrangular final do campeonato.

Mas o mais difícil é justificar a ausência de titulares – um hábito pernóstico dos tempos atuais – levando-se em conta que os atletas têm entre 20 e 30 anos de idade, têm excelente estrutura à disposição e recebem, em dia, salários milionários.

Flamengo em temporada perdida?

Mas, na realidade, esta é mais uma temporada perdida pelo futebol do Flamengo, por várias razões. Como em 2023, o time não mantém foco nas competições – vai entregar o tri carioca ao Fluminense – e vai conviver com e Copa América, nos Estados Unidos, e a Olimpíada, em Paris. Tite deixará o clube após as primeiras e inevitáveis derrotas no Brasileiro e na Libertadores, e a emenda poderá ser ainda pior que o soneto, ou seja, o risco de ser substituído por um troço tipo Vitor Pereira não está fora das previsões.

O Flamengo fez 1 a 0 com oito minutos, gol de Gabriel, e passou a maior parte do primeiro tempo assistindo ao adversário trocar passes, e mais, a buscar, em pelo menos duas ocasiões, com perigo, o empate. Se vocês não acompanharam Bangu 1 x 1 Volta Redonda na última rodada, o time aurinegro apresentou futebol bem mais convincente dessa vez, lembrando que o conjunto de Moça Bonita é dos mais frágeis do século.

O Rubro-Negro, com 10 – Victor Hugo não conta – também chegou, igualmente duas vezes, sem conseguir ampliar, e o jogo continuou aberto, pois, apesar da mediocridade, havia a possibilidade de algumas da equipes marcarem um gol. Aos 15 da etapa derradeira, Tite, que é figura grotesca, mudo ou concedendo entrevista, lançou Erick Pulgar, Gérson e Arrascaeta, mas a pasmaceira continuou.

No ritmo do samba

Um sol de rachar, o barulho de blocos e escolas de samba, e o árbitro descobriu um pênalti de Bruno Barra em Arrascaeta. E pior: mandou Pedro repetir. Só faltou trocar quem fez a cobrança. Na segunda vez, Pedro marcou: 2 a 0. Nos acréscimos, o Volta Redonda, largado às traças, tomou outro. Ayrton Lucas entrou livre e tocou para dentro: 3 a 0.

Agora vem o Carnaval. Quarta tem mais passeio. Dessa vez, praia em Aracaju, diante dele, o Bangu. A propósito: o que comemora a torcida do Flamengo?

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