Vasco

É neste sábado! Desembargador derruba liminar e marca eleição 100% presencial no Vasco

Eleição no Vasco, confusão na certa. Quem pensou que a morte de Eurico Miranda, em março de 2019, seria um divisor de águas para a tão almejada paz no lugar do alvoroçado ambiente político do clube, se enganou completamente. Uma reviravolta com direito a decisão judicial na noite desta sexta-feira (6) do desembargador Camilo Ribeiro Ruliére e ofício emitido às 19h40 derrubou a liminar que adiava a eleição para 14 de novembro (exclusivamente online) e confirmou para este sábado (7), de forma 100% presencial, o pleito para o triênio 2021/2023. A votação ocorrerá das 9h às 22h, com entrada pelo portão 3 de São Januário. A apuração se dará imediatamente após a votação.

Concorrem ao cargo cinco candidatos: além do atual presidente, Alexandre Campello, da chapa “No Rumo Certo”, estão na disputa  Jorge Salgado, da “Mais Vasco”, Julio Brant, da “Sempre Vasco”, Luis Roberto Leven Siano, da “Somamos”, e Sergio Frias, da “Isso aqui é Vasco”.

Alexandre Campello, que luta pela reeleição, mandou por meio de uma rede social um recado para seus seguidores:

Logo nos primeiros minutos da eleição, um número significativo de apoiadores de Leven Siano compareceu a São Januário.

O clube desponta mais uma vez como um dos cenários mais complexos quando o assunto é política. Até a última quinta-feira, o presidente da Assembleia Geral, Faués Cherene Jassus, o Mussa, não podia confirmar a votação na próxima semana, apesar de ter buscado na Justiça o resguardo para o pleito no dia 14 a fim de cumprir o estatuto do clube, que prevê a eleição até a primeira quinzena de novembro. Enquanto isso, os candidatos discutiam sem chegar a um consenso sobre a empresa que iria nortear a votação virtual e o formato dela.

Batalha disputada na Justiça

Os autores do agravo de instrumento que impugnou a liminar obtida por Mussa são o candidato Luiz Roberto Leven Siano e o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro. Com a decisão proferida na noite anterior ao pleito, acredita-se que uma quantidade considerável de sócios não compareça a São Januário, principalmente os que estão fora do estado do Rio de Janeiro. Assim, o candidato da chapa “Somamos” deixa clara sua estratégia de que na hora de decidir, quanto menos gente melhor. Fontes ligadas à política do clube cravam que, em caso de vitória de Leven Siano, a tentativa de afastar eleitores do pleito seria um recado muito claro de que os sócios torcedores não terão voz em um seu mandato. Informações ainda dão conta de que Leven teria alugado 15 ônibus para levarem sócios-torcedores de cidades vizinhas do Rio de Janeiro a São Januário para votarem neste sábado. A empresa seria a Roma Turismo, com sede no município de Duque de Caxias.

Pelo Twitter, Leven Siano celebrou o triunfo na esfera jurídica.

“Um bom advogado é o que confia e acredita na Justiça. Aguardo você no Vasco amanhã (sábado), eleitor, para a vitória. Vai dar Vasco”, destacou o candidato, que aproveitou para ironizar Brant e Mussa: “Eu me predispus a buscar um consenso, mas o Mussa e o Julio agiram pelas costas dizendo que o assunto tinha que ser resolvido na Justiça e que ordem judicial tem que ser cumprida. Está aí. Cumpra-se”.

Como as chapas contrárias à realização do pleito acreditam que será difícil reverter a decisão judicial que impugnou a liminar de Faués Mussa, ganha força a possibilidade de uma articulação política entre Jorge Salgado, da chapa “Mais Vasco” e Julio Brant, da “Sempre Vasco”, com o objetivo de desbancar Leven Siano, da “Somamos”. Neste caso, um deles precisaria se retirar da disputa para que seus eleitores apoiem um único candidato. Vale lembrar ainda que os anistiados em 2018, e que estavam proibidos de votar por decisão recente da Junta Deliberativa, foram autorizados, por liminar da Justiça, a participar do pleito. No total, 9.200 sócios estão aptos a votar.

Com a decisão judicial em antecipar a eleição, os candidatos à presidência do Vasco iniciaram uma corrida em busca de gráficas para imprimir cédulas a tempo. O clube, por sua vez, já estava preparado. Tanto que já havia obtido durante a semana a autorização da Secretaria Municipal de Saúde para a realização do pleito, comprometendo-se a observar os protocolos sanitários. Logo em seguida, a Vigilância Sanitária aprovou as instalações. Na noite desta sexta, Polícia Militar e Guarda Municipal oficializaram o clube de que estarão presentes ao local.

Em meio a tanta agitação e desarranjos políticos, certo mesmo é que a eleição para presidência do Vasco, que deveria ser motivo de orgulho para os torcedores e os sócios – que nunca abandonaram a instituição nem mesmo em seus piores capítulos -, se tornou o momento mais vergonhoso do clube.

 

Felipe David

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