Botafogo ressurge como uma Fênix
Botafogo ressurge como uma Fênix - Foto: Vitor Silva/Botafogo

Há três anos, se algum enviado especial do futuro topasse com um torcedor do Botafogo e descrevesse o segundo semestre de 2024, correria o risco de parar em um manicômio ou, na melhor das hipóteses, receber o desprezo do interlocutor. O mensageiro sofreria forte cancelamento e seria desautorizado em praça pública. Uma perda de credibilidade mastodôntica. Futuro, aliás, era uma palavra que não existia no glossário do universo preto e branco. O time só estava preocupado em vencer Brusque, Londrina, Sampaio Corrêa e Operário para ganhar uma sobrevida com o acesso à Série A. Hoje, todavia, o Glorioso é finalista da Copa Libertadores e lidera o Campeonato Brasileiro com seis pontos à frente do segundo colocado. Ainda por cima, é dono do melhor futebol das Américas e, a caminho da Glória Eterna, tem tudo para ficar na história.

O Botafogo de 2024 já atingiu o seu recorde nos pontos corridos (67), ainda com seis jogos pela frente. Voltou a colocar seus futebolistas em seleções internacionais. Do astro argentino Almada até o goleiro reserva paraguaio Gatito, todos, claro, protagonistas em seus países. O clube ainda conta com o jogador mais valorizado do continente: Luiz Henrique. E, no fim da temporada, pode fazer uma fortuna com a saída de Igor Jesus, centroavante que estava esquecido no Oriente Médio e chegou sem custos ao Mais Tradicional. Ninguém imaginaria que o investimento da SAF traria um retorno a curto prazo e que o Glorioso seria exemplo até para os rivais.

Sim. É tempo de Botafogo. Para os escolhidos, sempre foi. A torcida alvinegra se mobilizou de uma forma extraordinária nas últimas temporadas, com caravanas de visitante, lotando as dependências do Colosso do Subúrbio, consumindo produtos oficiais e se associando aos planos do Camisa 7. Mas o mantra é de dentro para fora. Para que o planeta tome ciência do ressurgimento da instituição que moldou o futebol brasileiro. Nossos avós acompanharam de perto Garrincha, Didi, Nilton Santos, Manga, Jairzinho e Zagallo. Chegou a vez, então, das gerações mais novas desfrutarem de um clube cuja grandeza é incontestável.

Botafogo e a cobrança nas alturas

A última coluna, depois do tropeço no Maracanã, teve um tom mais ranzinza, é verdade. A propósito, as linhas acima não são uma tentativa de retratação. O mau humor pode ter incomodado os ufanistas e os adesistas de plantão. Contudo, neste espaço, desde 2020, no primeiro ano do Jogada10, adotamos uma linha crítica e independente. Do Botafogo, não queremos privilégios e, sim, títulos. Agora, o sarrafo alvinegro subiu. O nível de cobrança por performances em alto nível será, portanto, o mesmo do reconhecimento pelas proezas esportivas.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, ThreadsTwitter, Instagram e Facebook.

Comentários