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Neste domingo (28), quando a tragédia completa 5 anos pelo horário da Colômbia (ocorreu às 22h15 no fuso local, 1h15 pelo horário brasileiro), o jornal “El Colombiano” publicou reportagem com Jaime Carmona, o primeiro a chegar até os destroços do avião. O fazendeiro afirma que não consegue esquecer as cenas daquela noite.

“Foi muito doloroso ver os mortos e ouvir os feridos”, lembra.

Proprietário de parte da área onde caiu o avião da Chape  resolveu fazer do local uma área turística e está sendo muito criticado – Foto: Cr Wilson Pardo/ ‏@Policiantioqui

Carmona tem sido alvo de polêmica porque decidiu vender o gado e montar um restaurante para receber pessoas que visitam o local da tragédia. O Eco Parque Chapecó foi inaugurado em 24/11/2020 em meio às restrições causadas pela pandemia da Covid-19. Ele argumenta que os “peregrinos” que visitam a área onde o avião caiu precisam de “um lugar para sentar, beber, ir ao banheiro”. Segundo o El Colombiano, o número de visitantes chega a 300 a cada fim de semana. O estabelecimento tem restaurante, capela, cavalos, pôneis e uma lhama.

A exploração econômica de um lugar onde tantas pessoas morreram é criticada até mesmo pelo vizinho de Carmona. Albeiro Valencia, que também testemunhou o trabalho dos bombeiros no resgate de sobreviventes e na retirada dos corpos, afirma que a colina deveria ser tratada como um “campo sagrado”, não como ponto de turismo. Segundo ele, as pessoas pagam 2 mil pesos para a visitação. Carmona se defende dizendo que a cobrança é necessária para repor os gastos com a construção das trilhas. Ele afirma que o negócio gera 20 empregos diretos.

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