Um dos jogadores mais criticados pelo público alvinegro por conta da tragédia esportiva de 2023, Eduardo provou que a torcida do Botafogo pode sossegar o facho e, no mínimo, estabelecer uma trégua com o meia. Afinal, nas últimas sete partidas que entrou em campo, o camisa 33 foi decisivo em três delas. Garantiu, também, vitórias em três frentes: Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Nas três, diante do exigente seguidor do Mais Tradicional, no Estádio Nilton Santos.

Eduardo, quem diria, recebeu aplausos no Nilton Santos – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Na última quarta-feira (27), contra o Red Bull Bragantino, Eduardo marcou os dois golaços que sacramentaram a virada por 2 a 1 e deixaram o Botafogo a somente um ponto da liderança do Brasileirão. Após a partida, foi, desse modo, ovacionado. Aliás, uma reação dificílima de acontecer, de outubro de 2023 a junho de 2024, nas dependências do Colosso do Subúrbio.

Antes, Eduardo já havia decidido em outros dois compromissos importantes: marcou os dois últimos gols do Botafogo na vitória sobre o Universitario (PER) por 3 a 1, no jogo que recolocou o Glorioso na disputa por classificação na fase de grupos da Libertadores. E anotou o gol do triunfo sobre o Vitória por 1 a 0, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Eduardo à frente de Tiquinho

Definidor e mais próximo ao gol adversário desde a chegada do técnico Artur Jorge, Eduardo não para por aí. Ele é o vice-artilheiro do Botafogo nesta temporada, com oito gols. Supera o parceiro Tiquinho e fica atrás somente de Júnior Santos, que soma 18. Além disso, contribuiu com três assistências também.

“Eduardo, com características de mais dotado tecnicamente, de ligação e mobilidade, pode ser importante para a chegada à baliza adversária. Está aqui um bom complemento para nós, perdendo a profundidade que Júnior Santos nos traz. Mas procuraremos com dinâmicas diferentes chegar ao objetivo, que é meta contrária”, explicou o técnico Artur Jorge.

Entre os remanescentes do fatídico ano passado, Eduardo talvez tenha sido o último “vilão” perdoado pela torcida. A reconciliação é um passo para o Botafogo lamber suas feridas, seguir em frente e mostrar ao mundo do futebol que o time, com novas perspectivas, chegou para ficar.

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