O Ministério Público de Goiás divulgou, através do programa ”Fantástico”, alguns áudios e vídeos da investigação Operação Penalidade Máxima, que investiga a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Neles, os apostadores admitem ter um lucro de até R$ 700 mil por rodada das competições.
Segundo os promotores, o grupo investigado estava sendo liderado por Bruno Lopes, que se apresentava como empresário de jogadores. A quadrilha se dividia em duas partes. A primeira aliciavam atletas para forjar lances durante os jogos. Enquanto isso, a segunda facção estava sendo responsável por fornecer o dinheiro para o pagamento dos jogadores aliciados.
“O que nós percebemos é que os apostadores se uniam aos jogadores aliciados pra tentar manipular as apostas para garantir um ganho elevado, um volume elevado. Um ganho financeiro mesmo e que foge da sorte inerente ao jogo. Eles encomendavam as partidas e buscam o lucro nestes confrontos”, disse o promotor do Ministério Público de Goiás.
Bruno Lopes, líder da quadrilha, admitiu em áudios que gastou até R$ 400 mil para aliciar jogadores e esperava receber até R$ 700 mil por rodada do Brasileirão. Além disso, o grupo entrava em desespero quando o atleta não cumpria o combinado.
“Na antepenúltima rodada da série A do Campeonato Brasileiro, foram múltiplas apostas realizadas. E se esperava num dos grupos receber um lucro de R$ 2 milhões por essas apostas”, completa o promotor.
Aliás, em uma troca de mensagens entre integrantes do grupo, um dos participantes, ainda não identificado, aparece com arma anunciando qual seria sua atitude caso um jogador não cumprisse o combinado.
Jogos e atletas aliciados por apostadores até agora
Nessa etapa da investigação, 13 jogos foram denunciados pelo MP à Justiça: oito da Série A, um da Série B, dois jogos do Campeonato Paulista e dois do Campeonato Gaúcho. As autoridades já identificaram jogadores da Primeira Divisão. Entre eles, nomes como Eduardo Bauermann, do Santos, Moraes, ex-Juventude, e Kévin Lomonaco, do RB Bragantino, estão afastados de suas respectivas equipes.
Assim, o Ministério Público de Goiás vai seguir a investigação nas mensagens do grupo. Além disso, o MP não descarta a possibilidade de manipulação em outros jogos do futebol brasileiro.
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