O Fla-Flu de domingo passado pelo Campeonato Carioca está muito longe de acabar. Na súmula da partida, o árbitro Alexandre Tavares de Jesus relatou apenas uma anormalidade: o arremesso de um copo de plástico, vindo da torcida rubro-negra, na direção do trio de arbitragem na descida para o vestiário no intervalo. O caso de injúria racial envolvendo o atacante Gabigol e os cânticos homofóbicos da torcida do Flamengo não foram testemunhados pela autoridade máxima do jogo.
Sobre o caso envolvendo Gabigol, Alexandre informou apenas que soube do caso após a partida por meio de publicações na mídia.
“Tomei conhecimento após a partida através da mídia, da circulação de um vídeo nas redes sociais, onde torcedor (s) localizado (s) no setor oeste inferior, destinado a torcida visitante (Fluminense), supostamente ofendem com gritos racistas, o atletas Gabriel Barbosa da equipe CR Flamengo. Não foi possível identificar da minha posição dentro do campo o suposto grito com ofensa racista ao atleta”, escreveu o árbitro.
Pelo documento, a única punição possível seria contra o Flamengo por causa do arremesso do copo plástico. Mas como o torcedor foi identificado e encaminhado para o Juizado Especial no estádio, o clube deve escapar de uma pena dura.
A procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva informou que não há provas suficientes para apresentar uma denúncia de injúria racial no caso envolvendo Gabigol, já que o suposto autor não foi identificado. O Flamengo, em carta à Ferj, cobra uma postura sobre o caso. Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, disse que está colaborando com as investigações.
O dirigente disse ainda que vai cobrar da Ferj uma resposta sobre os cânticos homofóbicos entoados pela torcida do Flamengo após a publicação de um vídeo nas redes sociais. No ano passado, o próprio Fluminense foi punido com o pagamento de multa de R$ 50 mil por causa de uma música de teor homofóbico no jogo contra o Internacional, no Maracanã.
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