Gabriel Pec demonstra estar cada vez mais adaptado ao profissional. Cria da base do Vasco, foi o jogador que mais ofereceu perigo ao Nova Iguaçu no empate em 2 a 2 em São Januário. Movimentou-se bastante, construiu jogadas e fez os dois primeiros gols do Cruz-Maltino na temporada de 2021. Considerado o melhor em campo, o atacante mostrou-se atento aos rebotes e tranquilo em suas finalizações. Com tantas características positivas, ganhou pontos com o técnico Marcelo Cabo.
O novo treinador vascaíno costuma exigir muito fisicamente dos seus atletas de lado de campo. Ele considerou que Pec exerceu bem sua função e ainda teve oportunismo para ser decisivo na frente. No primeiro gol, o camisa 17 pegou uma sobra em jogada de Laranjeira e concluiu com categoria para o fundo da rede. Na comemoração, Cabo vibrou calorosamente e não hesitou em dar um abraço no jogador que, no lance do segundo gol, mais uma vez demonstrou tranquilidade e poder de finalização.
De acordo com o atacante, com a chegada de Marcelo Cabo, o Vasco já teve uma evolução e ele ganhou mais confiança para entrar na área e jogar mais por dentro.
“Ele (Cabo) chegou me dando confiança para jogar. Pediu para eu sempre flutuar nas costas dos adversários, para eu pegar a bola e virar de frente com espaço e não ficar isolado na ponta, aberto. Pediu para eu jogar mais por dentro e tocar mais na bola e para pisar mais na área, como foi no meu primeiro gol. A bola rebateu e eu pude fazer o gol. Muito feliz e já notamos que teve uma grande diferença. Mostrou que ele quer que a gente jogue no campo do adversário sempre e que proponha o jogo”, comentou.
Além dos dois gols, Pec participou da maior parte das jogadas de ataque ao lado de Talles Magno. Com as mudanças feitas pelo treinador no segundo tempo, o atacante saiu da direita e foi para a esquerda, já que Talles se aproximou mais do centroavante Tiago Reis, que entrara no lugar de Laranjeira.
O meia-atacante Marquinhos Gabriel fez a sua estreia e também agradou ao treinador, que ainda colocou o atacante Vinícius na etapa final. O Vasco terminou o jogo com cinco homens de frente, mostrando que Cabo não deve abrir mão de um time ofensivo nesta temporada.
Ganho de massa muscular fez a diferença
Gabriel Pec está acostumado a viver uma gangorra de emoções em sua carreira. No início de 2020 cativou Abel Braga durante os treinos, porém não correspondeu nas partidas. Foi pouco utilizado por Ramon Menezes e preterido por Ricardo Sá Pinto. Retornou à base, foi destaque na conquista da Copa do Brasil Sub-20 e alavancado novamente ao elenco profissional com Vanderlei Luxemburgo, quem o lançou em 2019.
O atacante foi aproveitado nas seis primeiras partidas disputadas pelo Vasco com Luxa, sempre como opção entre os reservas. Apresentou-se mais forte, tanto fisicamente quanto mentalmente. De janeiro de 2020 a fevereiro de 2021 ganhou seis quilos de massa muscular graças a um trabalho em parceria entre os departamentos de fisiologia, preparação física e nutrição: passou de 63kg para 69kg. Ganhou a confiança do então treinador do Vasco e anotou seu primeiro gol como profissional na derrota (4 a 1) para o Red Bull Bragantino.
Pec completou 20 anos em fevereiro e espera dar continuidade ao seu trabalho, agora sob o comando de Marcelo Cabo. Caso o artilheiro Germán Cano ainda não tenha condições de retornar ao time para o duelo de quinta-feira (18), contra a Caldense, pela Copa do Brasil, em Poços de Caldas (MG), a esperança de gols e de um bom rendimento do setor ofensivo passará obrigatoriamente pelos pés do jovem atacante.
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