Não é por falta de explicações que o Vasco vive má fase no Campeonato Brasileiro. Afinal, o técnico Maurício Barbieri deu quatro entrevistas coletivas em uma semana e abusou das analogias para se fazer entender. Aliás, ele fez questão de falar com a imprensa também durante a semana passada, por achar que o time vinha sofrendo críticas injustas após o empate com o Fluminense. Após cinco jogos sem vitórias, Barbieri começa a viver sob pressão no cargo, mas tenta driblar as dificuldades mostrando seu ponto de vista.

O Jogada10 separou algumas dessas falas curiosas. Veja abaixo!

Vieira Souto vs. Avenida Brasil

“Falei que isso aconteceria (as oscilações do time), que a nossa calçada não era a Vieira Souto (avenida da orla de Ipanema) e que estávamos na Avenida Brasil (liga o subúrbio ao Centro). Sabíamos das dificuldades. As críticas fazem parte. O que incomoda é quando se criam ‘pseudo-verdades’ e as coisas se propagam. Opinião eu respeito. Julgamento fere e mexe com as pessoas”.

Evolução do Vasco como ‘paciente’

“Para um paciente que está na UTI, não dá para esperar que ele vai pular da cama e sair correndo. Mas dá para esperar que ele vai se reerguer, vai para a fisioterapia para depois melhorar. Estamos nesse processo. Eu sei que o torcedor não gosta de ouvir isso, eu também não gostaria de estar dizendo isso. Mas preciso ter o cuidado de defender que não é que no resultado de hoje não tivemos ganho nenhum. Tirando o 1 a 0, o Vasco foi infinitamente superior ao Santos”.

Barbieri tenta reforçar a união do grupo para sair da fase ruim – Daniel Ramalho/Vasco

Os jogadores são como o filho na escola

“Se meu filho se esforçar muito, e fizer tudo o que está no alcance dele, para passar em uma prova, e ainda assim não conseguir, vou chamar ele e vou dizer: vamos estudar mais e melhor para tentar de novo. É isso que eu quero que meu elenco entenda hoje, porque não posso reprovar o quanto lutaram e se sacrificaram para buscar o gol (contra o Santos). O que vamos fazer é trabalhar mais e melhor durante a semana para buscar de novo no jogo de sábado (contra o São Paulo, no Morumbi)”.

Excessos nos protestos no futebol

“Para mim é muito emblemático, porque tenho um filho que fez 16 anos que uns quatro ou cinco anos atrás foi ao estádio, e a torcida estava xingando o pai dele. E ele não quis mais ir ao estádio. Ele é meu filho. E aí eu pergunto a vocês: o que o futebol ganhou com isso? No que o futebol se tornou melhor? Estou falando, mas sei que não vai mudar. Gostaria que nós fizéssemos um esforço nesse sentido. A crítica faz parte, é pertinente, mas escolher as palavras é importante. Vai chegar um momento em que não vai valer a pena. Por mais que o treinador – a minoria – consiga ter um bom salário, boas condições de trabalho, chega um momento em que não vale a pena. Qual é o preço de ver o seu filho crescer assim? As pessoas não veem isso”.

Frase de Cruyff sobre Dinizismo

“É preciso entender que um dos “pais” desse futebol por aproximação (praticado por Diniz no Fluminense), ofensivo, que é o (holandês) Johan Cruyff, e ele sempre diz o seguinte: “Futebol é um jogo de erros. Quem erra menos leva vantagem”.

Técnico tem apenas 1 vitória em 6 jogos no Brasileirão – Daniel Ramalho/Vasco da Gama

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