Dono da maior folha salarial entre os clubes que disputam a Série B, o Vasco fracassou no seu planejamento em 2021 e vê o departamento de futebol, chefiado pelo diretor Alexandre Pássaro, se tornar um problema a ser tratado com urgência. Não bastasse o caos, agravado após a goleada para o Botafogo e a distância de oito pontos do G4 a quatro rodadas do fim, a permanência fora da elite deve frear um pouco o plano de recuperação financeira no clube.

Vascaínos mostraram apatia no clássico com o Botafogo, na Colina Histórica – Vitor Silva/Botafogo

Por mais que se possa afirmar que o clube não será pego de surpresa, já que havia readequado suas finanças e provisionado as dívidas, prevendo um possível insucesso na tentativa de subir, o presidente Jorge Salgado precisará buscar novas soluções para fazer valer o discurso de sua gestão no tocante à austeridade financeira.

Isso porque, com mais um ano longe dos holofotes da elite, a queda nas receitas continuará, principalmente nos valores ligados aos direitos de transmissão dos jogos. Outro fator preocupante é uma provável debandada no programa de sócio-torcedor do clube e a perda em bilheteria.

Em meio ao cenário assolador, a obrigação em montar um elenco competitivo sem causar um desequilíbrio nas contas será a árdua missão da gestão Salgado em 2022. Para piorar, a situação favorável dos rivais Flamengo, Fluminense e Botafogo – todos eles com objetivos próximos de serem alcançados na temporada – corrobora para o aumento da pressão por parte de torcida e imprensa.

Mesmo com quatro jogos restantes nesta Série B, o técnico Fernando Diniz já admitiu em entrevista, após a derrota de domingo, que o clube já deve pensar no planejamento para o ano que vem. Por ora ele não tem o cargo ameaçado. Espera-se que clube e treinador conversem sobre o assunto somente após o término do campeonato.

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