A última rodada do Campeonato Argentino, neste domingo (23/10), foi para explodir o coração, mas no fim deu Boca Juniors campeão.
O Boca entrou em campo para enfrentar o Independiente, na Bombonera, líder com 51 pontos. Somente o Racing, com 50 pontos, poderia tirar o título dos Xeneizes. Mas enfrentaria o forte River Plate. Os jogos começaram na mesma hora. O Boca saiu atrás, virou e levou o empate aos 35 da etapa final. 2 a 2. O Racing, por sua vez, saiu na frente, levou o empate e teve um pênalti aos 44 da etapa final. Se o Racing vencesse, seria campeão. Galván bateu e Armani defendeu. E o River ainda fez um gol nos acréscimos. Dessa forma, fim dos jogos: Boca 2×2 Independiente; Racing 1×2 River Plate. Sim, o River, na despedida do treinador Gallardo, ajudou o arquirrival Boca Juniors a levar o caneco nacional pela 35ª vez.
Veja aqui a tabela de classificação do Campeonato Argentino
Curiosamente os times enfrentariam os maiores rivais do adversário. O Racing, de Avellaneda, tinha de torcer pelo arquirrival Independiente. O Boca agradeceria se o River Plate segurasse o Racing. E outra: caso ocorresse igualdade de pontos (derrota do Boca e empate do Racing) haveria jogo extra nesta quarta-feira para se conhecer o campeão.
Que primeiro tempo!
A etapa inicial foi eletrizante. O Independiente, que faz péssima campanha (entrou em 15º lugar, 34 pontos), marcou fortemente, buscou atacar pelos flancos e chegou ao gol aos 30 minutos. Rodriguez invadiu a área e sofreu pênalti de Advíncula. Fernández cobrou e marcou. Mas nem deu tempo para comemorar. Dois minutos depois, Oscar Romero cobrou falta para a área e Guillermo Fernández empatou de cabeça.
Etapa final do Boca proibida para cardíacos
O Boca teve pelo menos duas chances para virar ainda no primeiro tempo. Mas a virada só veio aos cinco minutos da etapa final. Villa, recuperado de lesão e que entrou no segundo tempo, cobrou falta e pegou o goleiro Álvarez desprevenido: 2 a 1.
Mas o Boca passou a esperar o adversário, jogando em lançamentos. Assim, levou alguns contra-ataques. Aí brilhou o goleiro Rossi. Aos 28, ele fez milagre. Cazares – o equatoriano que defendeu Atlético, Fluminense e Corinthians – recebeu desmarcado na marca do pênalti. Chutou e Rossi defendeu parcialmente. Mas a bola retornou para Cazares, que voltou a chutar. Assim, Rossi, no reflexo, defendeu. Inacreditável. Mas o Independiente foi feliz aos 35. Cazares cobrou escanteio e Valejo, de cabeça empatou. Placar final.
Para piorar, o jogo em Avellaneda estava 1 a 1. Rojas tinha feito o gol do Racing aos 9 do 2º tempo. Mas Borja empatou aos 35. Aos 44, o Racing teve um pênalti a seu favor e Galván perdeu. E a torcida do Boca, que estava tensa, explodiu de alegria. E a euforia foi ainda maior quando, aos 49, ela recebeu a notícia de que Borja fez 2 a 1 para o River. Não tinha mais jeito. Boca campeão.
Tá ganhando tudo!
Campeão da Copa da Liga, Campeão Argentino (campeonato chamado oficialmente de Superliga), campeão dos Aspirantes, Campeão feminino e semifinalista da Copa da Argentina, podendo fechar a conquista de todos os títulos. O Boca sobra em 2022.
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