Empate sem graça no amistoso em Bragança

Um a Um. Um resultado previsível e evidente, após o empate do Bragantino, pois estava de ótimo tamanho, embora trágico, para ambos. Foi quase o time dos sonhos de Renato Gaúcho. Mas agora, restando as orações para a Copa do Brasil e a Libertadores, ou quem sabe, a demissão do treinador em tempo hábil, o professor está à vontade. Hoje apenas três titulares. É inadmissível manter uma comissão técnica que joga, por capricho, a possibilidade de um tri brasileiro no lixo. E é insuportável ver os clubes gastarem milhões para seus craques – em plena competição – para eles enfrentarem a Venezuela.

Bragantino e Flamengo fizeram um primeiro tempo cuja única emoção foi o gol de Pedro, que começou, ora vejam, com Vitinho tomando a bola de Cuello, aos 38 minutos. O Bragantino é uma espécie de Dinamarca do sertão – uma equipe bem armada, que aproveita razoavelmente o que tem de melhor, e que joga sem cobrança de time grande, sem a obrigação de obter resultados e títulos, embora tenha até a possibilidade de obtê-los, dependendo do torneio e do nível dos adversários. É possível que o Massa Bruta tenha incorporado alguma tranquilidade ao saber que enfrentaria um Flamengo quase reserva. Ficou assim: você não me ameaça, e eu faço o mesmo, que acaba tudo bem. Até que o time carioca marcou em lance fortuito, e a partida esquentou um pouco, embora sem nada relevante, à exceção das agressões que mereceram cartões, para Bruno Henrique aos 44 e Jadsom Silva aos 45.

A etapa final começou como previsto. O Flamengo atrás, e o Bragantino fazendo esforço para empatar, o que só não ocorreria se o Flamengo acertasse o sonhado contra-ataque fatal. Aos 13 minutos, após Ytalo desperdiçar chance incrível, Artur bateu de longe e fez 1 a 1. Parecia óbvio que a virada era questão de tempo, pois é impossível um time sustentar resultado com Matheus França, Andreas Pereira, Vitinho, Pedro, enfim… Andreas Pereira é o mais recente dos fenômenos do futebol, que é um esporte mágico para criá-los: passa a partida caindo, erra quase tudo e é sempre muito elogiado. Aos 20, um sopro de esperança para os rubro-negros: o belga saiu para a entrada de Michael. Mas outra eventualidade seria demais. E ainda teve o Kennedy, que lembra o Édson Trombada, que só viu quem tem mais de 50. O que menos importa para ele é a bola. Que ele errou para tomar o amarelo. Mas não houve virada e a coisa ficou como estava.

A propósito, vamos mandar novamente a sugestão para a CBF, solicitando agora que os leitores façam um control C / Z no parágrafo, e divulguem por aí, para chegar aos cartolas da entidade: se os seus dirigentes não sabem, faz mais de 40 anos que se admite a possibilidade de uma seleção permanente. Pois chegou a hora. A entidade deve contratar um grupo de 23 jogadores, assumir o pagamento de seus salários milionários, e assim não terá mais preocupações com as convocações e esses jogos desinteressantes que faz ao longo dos anos, não só desfalcando os clubes, mas atrapalhando as suas próprias competições. Aliás, após tal procedimento, seria perfeito colocar Renato Gaúcho na vaga de Tite. Só não se sabe como o técnico faria para poupar na Seleção.

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*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10