Uma equipe da FARE Network, rede de entidades que atua há mais de 20 anos no combate ao racismo na Europa, irá acompanhar a partida desta terça (26) entre Brasil e Espanha, no Santiago Bernabéu, visando fiscalizar possíveis atos racistas ao longo do amistoso.
Segundo a CBF, inspetores da organização poderão ser consultados antes, durante e depois do jogo. Eles podem avaliar e interpelar possíveis cantos, faixas ou símbolos discriminatórios.
Caso aconteçam, de fato, manifestações racistas, há um protocolo de três etapas a ser seguido pelos árbitros:
- 1) Interromper o jogo, seguido de um anúncio do estádio para que parem as ofensas;
- 2) suspender o jogo, enviando os jogadores aos vestiários, seguindo de um anúncio do estádio com a necessária explicação e pedido de que as ofensas cessem;
- 3) abandonar o jogo, seguido de um anúncio do estádio com a necessária explicação e pedido de saída do estádio. Após a partida, o incidente será relatado à FARE e reportado à Fifa.
Em reunião na última segunda (25) entre CBF e FARE , chegou-se à conclusão de que é ‘pouco provável’ que aconteçam comportamentos discriminatórios. Os principais motivos seriam o fato de ser esperado grande número de famílias no estádio, além do local do jogo: o Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, onde atua o Vini Jr, principal alvo de ofensas racistas.
LEIA MAIS: Chilavert ataca Vini Jr: ‘Que não seja um ‘viad*’, o futebol é para os homens’
Após a reunião, a FARE Network enviou um documento com orientações à comissão técnica e aos jogadores, de forma a auxiliá-los na observação, identificação e reporte imediato dos atos racistas.
A FARE, abreviatura de Football Against Racism in Europe (em inglês, Futebol Contra o Racismo na Europa), é uma rede de entidades que atua há mais de 20 anos no combate ao racismo no continente. A organização está presente em mais de 40 países, e é responsável pelo monitoramento de casos de discriminação nas principais ligas europeias e nas competições da UEFA e da Fifa.
Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.
Comentários