A sucessão presidencial do Vasco terá o seu capítulo mais importante nesta quinta-feira. A partir das 13h30, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidirá, de forma virtual, sobre a validade ou não da eleição presencial do dia 7 de novembro, em São Januário. Na ocasião, o pleito foi suspenso por decisão judicial e posteriormente retomado sem a presença de três das cinco chapas concorrentes e do presidente da Assembleia Geral do clube, Faués Mussa. Na contagem realizada de madrugada, Leven Siano, da Somamos, foi o mais votado, com 1.155 cédulas depositadas nas urnas pelos sócios. Candidato da Mais Vasco, Jorge Salgado foi autorizado a ingressar no processo na condição de terceiro interessado por ter sido o vitorioso da eleição virtual ocorrida uma semana depois, em 14 de novembro.

Estádio de São Januário
Imbróglio judicial da eleição presidencial do Vasco terá um capítulo decisivo nesta quinta (Paulo Fernandes)

Na pauta do dia no TJ-RJ constam dois julgamentos referentes ao imbróglio judicial envolvendo o processo eleitoral vascaíno. Acredita-se que a sessão deve sofrer um pequeno atraso e ser iniciada por volta das 15h.

O colegiado será formado por cinco desembargadores, dentre os quais três votam. O relator é Camilo Ribeiro Rulière, responsável por permitir, por liminar, que a eleição fosse realizada em 7 de novembro. Rulière, inclusive, já anexou seu parecer no sistema do TJ-RJ na última quarta-feira (16). Na sessão desta quinta (17), ele apresentará o seu voto, que será apreciado por Custodio de Barros Tostes e Fabio Dutra – os outros magistrados são José Carlos Maldonado de Carvalho e Sergio Ricardo de Arruda Fernandes.

Os desembargadores lançarão seus votos por meio de um canal interno de mensagens assim como poderão deliberar sobre eventuais divergências ou ajustes ao resultado. Apenas os advogados das chapas de Leven e Salgado terão acesso ao julgamento, porém sem direito a qualquer contestação.

São agravantes do processo Leven Siano e Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, enquanto o presidente da Assembleia Geral, Faués Mussa, e o próprio clube, são os agravados. Há duas semanas, Leven garantiu que não buscaria novos recursos em caso de derrota no julgamento desta quinta e convidou Salgado a acatar a decisão – seja ela qual for – a ser proferida pelo colegiado. O candidato da Mais Vasco, no entanto, não concordou e pediu para o adversário retirar todas as suas ações judiciais, sugerindo a realização de uma nova eleição.

Independentemente do resultado do colegiado, ele ainda será passível de recurso nas esferas superiores. A publicação do acórdão (decisão dos desembargadores) no Diário Oficial ocorrerá no dia seguinte (sexta-feira, 18), última data de atividade do Judiciário antes do recesso, que vai de 20 de dezembro a 6 de janeiro. A parte que se julgar prejudicada poderá recorrer aos plantões do Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. Caso contrário, esta será a última movimentação jurídica sobre o Vasco este ano. Atual presidente do clube, Alexandre Campello terá o seu mandato encerrado em 15 de janeiro.

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