Nesta quarta-feira (15) ocorrerá uma estreia histórica na Liga dos Campeões. Pela primeira vez um time da Moldávia jogará a fase de grupos deste torneio. Trata-se do Sheriff, que recebe o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, às 13h45, no Estádio Bolshaya, em Tiraspol.

Nos últimos anos, o Sheriff jamais passou das fases eliminatórias (são quatro fases). Por representar um país com um dos dos piores rankings da Uefa, o time tem de entrar desde a primeira fase.  Desta vez, gabaritou: na primeira fase, eliminou o Teuta (Albânia); na segunda fase, bateu o Alashkert (Albânia); na terceira fase,  passou pelo favorito Estrela Vermelha (Sérvia); e nos playoffs, outra surpresa, eliminou o tradicional Dínamo croata.

Jogadores do Sheriff celebram a vitória sobre o Estrela Vermelha, na terceira fase preliminar da Champions. Depois, o time eliminaria o Dinamo croata e avançaria à  fase de grupos – Imago Images

 O clube
Fundado em 1997, o Sheriff é superpotência no país. Foi campeão de 19 das últimas 20 ligas da Moldávia. E com uma curiosidade: o clube da cidade de Tiraspol é de uma região separatista do país, a Transnístria , que se declara independente da Moldávia, embora não tenha esse reconhecimento da ONU. Mas o Sheriff deixa esse problema político de lado e joga a Liga moldova.

O clube é um tentáculo do grupo corporativo Sheriff, dono de redes de supermercados, postos de gasolina, canal de TV, empresa telefônica e que pertence a dois dos três homens mais ricos do país: Viktor Gushan e Ilya Kazmaly.

Na teoria, dinheiro não é tanto problema assim, mas o elenco do time, embora seja imbatível num país mais conhecido por ser um dos mais pobres da Europa e por ter vinhos excepcionais, é bem modesto. Seu craque é um grego contratado recentemente e que raras vezes jogou pela seleção de seu país: o meia Kolovos. O ídolo é o goleiro Celeadnic. Ele é reserva do Sheriff, mas titular da seleção da Moldávia, uma das mais fracas da Europa.

Brazucas no elenco moldávio
O Sheriff tem três brasileiros no elenco. Um é o atacante Luvannor Henrique, piauiense que se naturalizou moldávio e ja defendeu a seleção do país. O lateral-direito Cristiano é carioca e perambulou por vários clubes brasileiros (Bonsucesso, Volta Redonda, CRV, Vitória-BA) até se encontrar no Sheriff, onde está há anos. O mais conhecido é Fernando, que defendeu recentemente o Botafogo. Mas ele é reserva.

Assim, o Sheriff espera  ter algum sucesso nos jogos que fará em casa, como ocorrerá nesta quarta-feira contra o Shakthar. Parece pouco provável. Mas o time já está fazendo história.

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