Em meio a inúmeras turbulências no futebol profissional, o Vasco celebra o título da Copa do Brasil Sub-20 após o empate eletrizante com o Bahia por 3 a 3, no último domingo (3), em São Januário. O Cruz-Maltino havia vencido na ida por 2 a 1. Um mês antes, na mesma categoria, o time conquistava o Campeonato Carioca.

Nesta segunda-feira, nada de ressaca! O Jogada10 já entra em campo, debate o momento da base e projeta o futuro. Confira!

Campeões da Copa do Brasil posam para a foto oficial – Lucas Figueiredo/CBF

Felipe David Rocha, colunista do Jogada10

O título inédito da Copa do Brasil Sub-20 reforça o grande trabalho feito na formação do clube com a chamada “Base forte”, motivo de muito orgulho em São Januário – no mês passado, o time sagrou-se campeão estadual. O futuro da instituição sempre esteve interligado ao desenvolvimento de novas joias. Existe um talento inquestionável nessa geração. Gabriel Pec, disparado o melhor do time, finalmente cumpriu as etapas que havia queimado antes de subir equivocadamente em 2019. Sua movimentação intensa pela direita – e por vezes centralizado – aliada a velocidade e boa técnica podem ajudar muito no profissional. Caio Lopes é um meia muito além da média e com características que o time de cima não tem. Executa funções defensivas e ofensivas com maestria. Riquelme, já promovido, começa a despertar o interesse de clubes europeus. Laranjeira, MT, Galarza e João Pedro são outros nomes nessa geração com talento de sobra. O clube, porém, já mostrou na temporada atual que peca (e muito!) na transição. Foi assim com Vinícius, Cayo Tenório, Miranda e o próprio Pec, entre outros. Por isso talvez a necessidade da criação de um time sub-23 para facilitar o mecanismo de inserção na equipe de cima. Parabéns à base vascaína. Título merecido e trabalho de excelência no sub-20.

Felipe Sbardella, setorista do Vasco no Jogada10

Durante pouco mais de uma década, a torcida do Vasco não conseguia ver a base tendo campanhas de encher os olhos. Uma vez ou outra surgia um garoto com futuro, que dava esperanças. Mas o clube, vivendo tenebrosa fase financeira, via-se obrigado a vendê-los às primeiras oportunidades. De uns anos para cá, no entanto, o número de jogadores da base que demonstram potencial vem aumentando. Com boas campanha nas últimas Copinhas, e em outros torneios das categorias juniores, a base passou a ser uma sensação. O torcedor vascaíno, que corriqueiramente não apresenta muita paciência com seus jovens atletas, está entendendo que o time profissional precisa do reforço desses garotos e, caso permaneça na primeira divisão, estes serão de suma importância nas temporadas que estão por vir. Basta ver a importância que jogadores como Ricardo Graça, Miranda, Andrey, Vinícius e Talles Magno, todos oriundos de São Januário, tomaram entre 2019/2020. Quase meio time. Sem dinheiro em caixa, o caminho é esse e a torcida já entendeu o recado.

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