Espinha dorsal ‘made in Xerém’: a receita de sucesso do Fluminense

A arrancada do Fluminense na reta final do Campeonato Brasileiro tem um responsável direto pelo sucesso. A nova espinha dorsal do time, montada justamente por quatro crias de Xerém. Depois da goleada sofrida para o Corinthians por 5 a 0, o técnico Marcão deixou de lado alguns medalhões para dar espaço aos mais jovens. Nos últimos sete jogos, com Marcos Felipe, Calegari, Martinelli e Luiz Henrique como titulares, o time está invicto: cinco jogos e dois empates com um aproveitamento monstruoso de 80,9% dos pontos.

Marcos Felipe e Calegari já eram titulares mais do que absolutos antes desse período. Enquanto o goleiro ganhou uma chance depois de um período instável do veterano Muriel, Calegari retomou a lateral direita depois de se recuperar de uma lesão e Igor Julião voltou ao banco. Já Martinelli e Luiz Henrique foram uma aposta de Marcão, já que o Fluminense apresentava muita irregularidade e seu meio-campo era muito criticado pela falta de criatividade. O uruguaio Michel Araújo e o volante Hudson perderam espaço. Com um time mais jovem, os tricolores ganharam em velocidade, dando a Nenê, o jogador mais velho do elenco, com 39 anos, mais liberdade e tranquilidade para armar as jogadas.

John Kennedy, o quinto elemento

Além do quarteto que sustenta a espinha dorsal do Fluminense, Marcão tem um ‘quinto elemento’ também vindo de Xerém. O jovem John Kennedy, de apenas 18 anos, que tornou-se o reserva imediato de Fred. Nesses últimos sete jogos, ele foi titular em dois e entrou em campo no decorrer da partida outras duas vezes, deixando para trás a concorrência de Felippe Cardoso, muito criticado pela torcida.

Contra o Ceará, na vitória por 3 a 1, na segunda-feira passada (15), Marcão ainda mandou a campo, no segundo tempo, mais um atacante ‘made in Xerém’. Samuel, também de 18 anos, que anotou o terceiro gol tricolor e o seu primeiro como profissional.

Confira as escalações dos últimos sete jogos do Fluminense

Fluminense 1 x 0 Sport
Marcos Felipe, Calegari, Matheus Ferraz, Luccas Claro e Danilo Barcelos; Martinelli, Yago e Michel Araújo (Nenê, 34/2ºT); Lucca (Hudson, aos 42/2ºT), Luiz Henrique (Caio Paulista, aos 24/2ºT) e Fred (Felippe Cardoso, 34/2ºT).

Coritiba 3 x 3 Fluminense
Marcos Felipe, Calegari, Matheus Ferraz, Luccas Claro e Egídio; Martinelli, Yago Felipe (Nenê 35/2T) e Michel Araújo (Caio Paulista 40/2T); Luiz Henrique (John Kennedy 1/2T), Lucca (Wellington Silva, 26/2T) e Fred (Felippe Cardoso, aos 35/2T).

Botafogo 0 x 2 Fluminense
Marcos Felipe, Calegari, Nino, Luccas Claro e Egídio; Martinelli, Yago e Nenê (Matheus Ferraz 50/2T); Luiz Henrique (Hudson 39/2ºT), Lucca (Wellington Silva 30/2ºT) e John Kennedy (Marcos Paulo 39/2ºT).

Fluminense 3 x 0 Goiás
Marcos Felipe, Calegari (Igor Julião 35/2ºT), Nino, Luccas Claro e Egídio; Hudson, Martinelli (André 35/2ºT) e Nenê; Luiz Henrique (Caio Paulista 25/2ºT), Lucca (Fernando Pacheco 25/2ºT) e Fred (Samuel 43/2ºT).

Bahia 0 x 1 Fluminense
Marcos Felipe, Calegari, Nino, Luccas Claro, Egídio; Martinelli, Yago Felipe, Luiz Henrique (Michel Araújo 13/2T) e Nenê (Hudson 35/2T); Lucca (John Kennedy 35/2T) e Fred (Caio Paulista 13/2T).

Fluminense 0 x 0 Atlético-MG
Marcos Felipe, Calegari, Matheus Ferraz, Luccas Claro (Frazan, 27/2ºT) e Egídio; Martinelli, Yago Felipe, Luiz Henrique (Caio Paulista, aos 42/2ºT) e Nenê (Michel Araújo, 35/2ºT); Lucca (Fernando Pacheco, aos 27/2ºT) e Fred (John Kennedy, intervalo).

Ceará 1 x 3 Fluminense
Marcos Felipe, Calegari, Nino, Luccas Claro e Egídio; Martinelli (André, 45/2ºT), Yago e Nenê (Hudson, 43/2ºT); Luiz Henrique (Fernando Pacheco, 43/2ºT), Lucca (Michel Araújo, 23/2ºT) e John Kennedy (Samuel, 23/2ºT).