Foi num jogo de homônimos, na noite de ontem (17), que o Galo teve quebrada sua invencibilidade de 18 jogos no Brasileirão 2021 após 112 dias
Com uma formação diferente da partida anterior, Cuca iniciou a peleja contra o Atlético-GO com quatro homens no meio-campo, mas Tchê Tchê ocupando a vaga de Jair.
A alteração não gerou fluência de jogo para o Atlético. Apesar de mais uma vez ter a posse de bola, trocar quase 600 passes e 22 finalizações, algumas figuras não conseguiram se adaptar às variações do treinador atleticano, Keno foi uma delas.
Jogando por dentro em vários momentos, de maneira não habitual, o atacante, que tem o drible como valência principal, se tornou presa fácil do time do Dragão. A ideia era ter Arana com amplitude na ala e ter uma possível superioridade numérica ao atacar. Por outro lado, Guga na direita não conseguiu êxito nas ações de ataque e o time carijó ficou condicionado a entrar pelo meio que sempre esteve congestionado.
O Galo dominava e tentava, mas foi numa jogada aérea que Nathan Silva conseguiu o gol tão difícil, aos 14 minutos do segundo tempo. Porém, foram as alterações do time goiano que surtiram efeito. Após uma desconcentração de Tchê Tchê que errou um passe na transição, o time da casa empatou o jogo com Janderson após assistência de Marlon Freitas. Já no fim da partida, Oliveira que entrou no lugar do lateral Arnaldo fez o gol da vitória do Dragão, após construção de Janderson.
O Atlético viu quebrada uma sequência de 18 jogos de invencibilidade, período que venceu 14 vezes e empatou 4. Porém, após 112 dias invicto no Brasileirão, o que preocupa a todos não é a derrota que poderia acontecer num certame tão disputado. A “pulga” que fica e reflete no futebol brasileiro é: jogar propondo e desconstruindo a ideia cômoda de esperar com dez adversários atrás da linha da bola.
Além do mais, ser líder faz do Galo o time mais estudado, e aí está o desafio de criar alternativas utilizando com excelência todas as suas “peças” e atores disponíveis.
É do Galo o problema do momento, é do Brasil buscar a solução de jogar futebol tendo a bola como seu instrumento principal de aproximação e não de “rifa” por um contragolpe. Ao Cuca, cabe variar e lidar com os “ferrolhos” coesos. Ao time, que decide em campo, estar concentrado em cada decisão. Um dia não será o dia de brilho de Hulk ou Nacho, mas há que se ter espaço, arremate de fora da área ou pivô para municiar quem chega de trás.
Há dias que as estrelas serão anuladas e que os coadjuvantes serão os protagonistas.
Estudar, variar e persistir!
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