No dia internacional contra a LGBTfobia, 17 de maio, a CBF revelou um estudo que escancara o quanto o preconceito ainda está inserido no futebol brasileiro. Em divulgação da entidade, o Anuário do Observatório do Coletivo registrou 74 casos de homofobia em 2022 envolvendo agentes ligados ao futebol brasileiro (dentro e fora de campo). Aliás, com um aumento de 76% dos casos com relação ao ano anterior (42 casos).
Segundo Onã Rudá, fundador do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, o preconceito que, infelizmente, ainda está inserido no país, se reflete no âmbito do esporte, principalmente no futebol. Assim, Onã ressalta a importância do combate a LGBTfobia.
“São casos que se repetem toda semana, é uma luta complexa e desafiadora. Há clubes que já detectaram isso e trabalham o tema com seus jogadores, funcionários e torcedores. Mas ainda é insuficiente. A LGBTfobia é um mal social que se alastra em todos os ambientes, em especial no futebol. Essa intolerância motivada por ódio e discriminação é profundamente violenta e deixa marcas profundas. Temos uma pesquisa de 2018 que indica que 62,5% dos LGBTQ+ brasileiros já pensaram em suicídio”, disse Onã Rudá para o site oficial da CBF.
“Estamos avançando e o apoio do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, tem sido fundamental. Há nitidamente uma nova lógica de pensar o futebol e a forma com que ele se relaciona com a sociedade. Assim, um passo importante que precisa ser dado é a construção de um protocolo que padronize e oriente de forma direta como todos os árbitros do Brasil devem agir diante de cada situação de discriminação. Há árbitros que paralisam as partidas por causa de cânticos homofóbicos, mas não registram o caso em súmula e isso prejudica ações no STJD”, completou Onã.
Movimentos da CBF para acabar com o preconceito
Em prol do combate aa LGBTfobia, a CBF vem adotando medidas para punir os agressores. Uma delas é a punição esportiva para um clube em caso de discriminação. Assim, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, reforçou a luta diária da instituição.
“O trabalho mostra uma triste realidade, que estamos lutando para acabar no futebol. A CBF vai sempre combater os preconceitos e trabalhar para que o futebol seja um lugar de inclusão”, disse Ednaldo.
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