USA ans Iran's teams pose together 21 June at the Gerland stadium in Lyon, central France, before their 1998 Soccer World Cup Group F match. (ELECTRONIC IMAGE) AFP PHOTO PASCAL GEORGE (Photo credit should read PASCAL GEORGE/AFP via Getty Images)
Quando a bola rolar para Estados Unidos x Irã, nesta terça-feira (29), muito mais do que a luta por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo estará em campo. Afinal, os dois países têm um longo histórico de tensões fora dos gramados, incluindo guerras e confusões políticas. Uma relação espinhosa há décadas na geopolítica mundial e que não pode ser ignorada, mesmo em um campo de futebol.
As tensões começaram em 1979. Naquele ano, o Irã era governado pelo xá Reza Pahlavi, aliado dos Estados Unidos. Porém, a Revolução Islâmica derrubou a monarquia e transformou o país em uma república teocrática. O Aiatolá Khomeini, líder religioso que virou o líder da nação, considerava a ligação com o Ocidente uma ameaça às tradições iranianas. De acordo com ele, os EUA eram ‘o grande Satã’.
Quando Pahlavi, com câncer terminal, pediu para entrar nos Estados Unidos, os extremistas iranianos viram isso como um desafio. Um grupo invadiu a embaixada americana em Teerã e fez dezenas de reféns. Meses depois, oito deles foram mortos após uma operação de resgate. Desde então, EUA e Irã não mantêm relações diplomáticas entre si e se viram em lados opostos muitas vezes.
Na guerra Irã-Iraque, nos anos 1980, os EUA apoiaram os iraquianos. Já no Século XXI, após o 11 de Setembro, o então presidente George W. Bush considerou que o Irã era parte de um ‘eixo do mal’, que ameaçava os EUA com armas nucleares. Essas tensões, de fato, se mantiveram nos governos Obama e Trump, anos depois. Do lado do Irã, era comum ver bandeiras norte-americanas sendo queimadas em protestos.
E onde entra o futebol nisso tudo? Por décadas, Estados Unidos e Irã aprenderam a se odiar por conta de tantas diferenças, mas tiveram a chance de protagonizar um episódio de paz. Em 1998, na França, as seleções caíram no mesmo grupo na Copa do Mundo e se enfrentaram em Lyon. Embora o jogo fosse chamado de ‘a mãe de todas as batalhas’, não houve maiores incidentes e a vitória foi do Irã, por 2 a 1.
Mas isso não impediu alguns ruídos: o Aiatolá Khamenei ordenou que os jogadores iranianos não fossem até os americanos para cumprimentá-los, como mandava o protocolo. Dessa forma, a FIFA teve que agir para que a ordem fosse trocada. Mas a imagem que ficou mesmo foi a das duas seleções trocando flores e posando juntas para uma foto histórica.
Nesta terça, há um novo encontro. Mas a tensão já existe antes da bola rolar: a véspera do jogo teve jornalistas do Irã fazendo perguntas incômodas para jogadores da seleção dos EUA. Ademais, o alemão Jurgen Klinsmann, que já treinou a seleção norte-americana, criticou a seleção do Irã e seu técnico, Carlos Queiroz. Este, por sua vez, considerou as declarações um desrespeito ao povo e à cultura iraniana.
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