RUSTENBURG, SOUTH AFRICA - JUNE 12: Landon Donovan of USA takes a shot on goal as John Terry of England defends during the 2010 FIFA World Cup South Africa Group C match between England and USA at the Royal Bafokeng Stadium on June 12, 2010 in Rustenburg, South Africa. (Photo by Kevork Djansezian/Getty Images)
Os Estados Unidos nunca foram uma nação tradicional no futebol, embora já tenham sediado uma Copa do Mundo. Mas, mesmo assim, os norte-americanos são uma grande pedra no sapato de um dos países mais destacados no jogo, a Inglaterra. Ao menos, em Mundiais: nas duas vezes em que os ianques jogaram contra o English Team, saíram invictos. Nesta sexta-feira (25), os países se enfrentam pela terceira vez, no Qatar.
A zebra estadunidense é antiga e remonta a 1950. Na Copa do Mundo do Brasil, os Estados Unidos tinham uma equipe praticamente amadora, enquanto a Inglaterra vinha de goleadas sobre Itália (4 a 0) e Portugal (10 a 0), fora de casa, semanas antes do Mundial. Os jornais ingleses chegaram a debochar dos norte-americanos, pedindo que o English Team desse ‘três gols de vantagem’ ao rival.
Quando a bola rolou em Belo Horizonte, porém, o que se viu foi um time inglês bem disposto, embora sem pontaria para fazer o gol. Por outro lado, os EUA abriram o placar com Joe Gaetjens, haitiano de nascimento e que só se juntou à seleção momentos antes do jogo. Posteriormente, eles seguraram os ingleses e garantiram a vitória. Esta derrota da Inglaterra é considerada, por muitos, a maior zebra da história das Copas.
Em 2010, o encontro entre Estados Unidos e Inglaterra voltou a acontecer, outra vez com uma zebra. Na África do Sul, os times ficaram frente à frente na fase de grupos. Os ingleses fizeram 1 a 0, com Steven Gerrard, mas os norte-americanos conseguiram a reação. Um chute despretensioso de Dempsey foi nas mãos do goleiro Green, que inacreditavelmente deixou a bola escapar: era o empate, que se manteve até o fim.
O fato de nunca ter perdido para a Inglaterra é considerado um orgulho para a seleção das estrelas e das listras. Num momento em que o futebol ganha cada vez mais força no país, o reencontro reacende a esperança de ver uma seleção americana realmente forte no nível internacional. E uma vitória, aliás, teria um gosto especial para eles, já que muitos jogadores atuam por clubes ingleses.
“A Inglaterra ainda é um grande time no fim das contas, mas intimidação? Eu não diria que muitas coisas me intimidam, a não ser aranhas. Obviamente, tenho que jogar contra esses grandes jogadores, mas já fiz isso antes. Também queremos mostrar do que somos capazes e que o futebol dos Estados Unidos está se desenvolvendo e crescendo da maneira certa”, diz Tyler Adams, volante que joga no Leeds United.
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