Euforia e otimismo plenamente justificáveis

A mobilização e a empolgação da torcida do Botafogo na sede de General Severiano com a aprovação da venda para o norte-americano John Textor podem ser motivos de estranheza para muitos, mas não para aqueles que carregam no peito o amor pela Estrela Solitária. Afinal, o clube viveu o fundo do poço com o terceiro rebaixamento à Série B em fevereiro de 2021 e, afundado em dívidas, ressurgiu das cinzas ao namorar até mesmo o risco de queda à Terceirona.

A diretoria trabalhou firme, contratou bem e viu o time reagir de forma impressionante sob o comando do técnico Enderson Moreira. Resultado: o Botafogo não só conquistou o direito de voltar à elite do futebol brasileiro como também sagrou-se campeão, ao mesmo tempo em que gigantes como Vasco e Cruzeiro ficaram pelo caminho.

Fora de campo, o terreno também foi sendo preparado para a chegada de um investidor, o que está se consumando agora. Se John Textor será o que se espera dele e se o Alvinegro voltará aos dias de glória só o tempo vai dizer.

No entanto, é inegável que o Botafogo deixou de ser um clube sem perspectivas e ganhou novos horizontes. Entra na temporada de 2022 fortalecido, com chances de deixar de ser um mero figurante no Brasileiro. Claro que o salto ao protagonismo ainda deve demorar, se é que de fato virá.

Não é justo, porém, que se queira tirar o otimismo dos torcedores. Há, sim, motivos para empolgação. Claro que não se pode exagerar, mas é de bom tom que se respeite a euforia de quem muito sofreu ao longo dos últimos anos e que vê se abrir uma janela de esperança. Se não der certo, problema dos alvinegros. Eles têm muita casca para aguentar o tranco e continuar amando como poucos o seu clube de coração.

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.

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