Deyverson em ação no duelo entre River Plate e Atlético
Deyverson em ação no duelo entre River Plate e Atlético - Fotos: Pedro Souza / Atlético

O Atlético Mineiro é o primeiro finalista da Libertadores 2024. A vaga foi garantida nesta terça-feira, 29/10, quando o Galo enfrentou o River Plate no Monumental, em Buenos Aires, e segurou o empate em 0 a 0. Como venceu na ida em casa por 3 a 0, a soma dos resultados garantiu ao Galo sua segunda decisão de Liberta (na primeira, em 2013, foi campeão). O Atlético suportou pressão da torcida, que lotou o Monumental (mais de 80 mil) e fez  festa gigantesca na entrada dos times em campo. Ela apoiou até o fim. Mas a bola não entrou por causa de Everson. O goleirão fez pelo menos quatro defesas excepcionais.

Agora, o Atlético espera o vencedor de Botafogo e Peñarol, que se enfrentam nesta quinta-feira pela partida de volta. O jogo que seria no Campeón del Siglo, o estádio do Peñarol, passou para o Centenário (casa da seleção celeste) por motivo se segurança. Como o  Fogão fez 5 a 0 na ida, joga com grande vantagem. A final da LIbertadores será no Minumental, om mesmo estádio do duelo desta terça entre Galo e River Plate.

Primeiro tempo: pressão total do River

O Atlético se apresentou muito recuado, com os alas Scarpa e Arana fechando os espaços ao lado do trio defensivo formado por Lyanco, Battaglia e Junior Alonso. Enquanto isso, o River Plate avançava pela intermediária de ataque, quase sempre buscando Solari pela direita, utilizando cruzamentos. A melhor chance do jogo ocorreu quando Solari chutou ao gol, mas não teve sucesso.

Com a pressão constante, Everson frequentemente fazia cera para ganhar tempo, mas acabou recebendo cartão amarelo aos 28 minutos. Em contrapartida, o Galo começava a aparecer no ataque, principalmente com Scarpa pela direita ou em ligações diretas, especialmente para Deyverson. Paulinho e Hulk tentavam organizar o jogo, mas nenhum dos quatro atacantes conseguiu converter suas oportunidades em gols.

Na reta final da etapa, a pressão argentina seguiu. Colidio só não abriu o placar aos 32 por causa de Battaglia, que salvou de forma incrível. Só  que o River dava espaços. Aos 36, num erro de Kranevitter, Deyverson entrou na área , driblou Armani, mas o goleiro argentino salvou. Contudo, foi clara a superioridade dos donos da casa: 67% de posse e 15 finalizações a 1. Mas, destes 15 chutes, apenas dois realmente no alvo.

Atlético na final

Nos cinco primeiros minutos do segundo tempo, o Atlético fez o que não conseguiu durante os 45 minutos da etapa inicial. Paulinho quase teve uma chance de arremate perigoso. Scarpa acertou o travessão e, na sobra, Deyverson chutou, mas Armani fez uma defesa impressionante. Além disso, Paulinho também finalizou por cima, com perigo. Com isso, o River Plate ficou atordoado pela mudança de postura do Galo.

Entretanto, o time argentino se recuperou após uma mudança tripla promovida pelo treinador Gallardo aos 12 minutos. Logo aos 15, Echeverri, um dos jogadores que entrou, avançou pela esquerda, e Everson fez sua primeira grande defesa na partida. Pouco depois, o goleirão salvou novamente, defendendo uma finalização de Villagra, tornando-se um dos protagonistas do jogo. Aliás, fez mais dois milagres, um deles em chute de Echeverri.

O jogo caminhou para o fim, Rubens quase marcou para o Galo. Mas o mais bonito foi o comportamento da torcida do River Plate. Eles apoiaram incansavelmente um time que, apesar de não ter se entregado em campo, não conseguiu superar Everson. Aliás, existe alguma torcida capaz de tanto apoio em uma noite em que seu time foi eliminado? No entanto, a torcida do Galo está realmente feliz. No dia 30 de novembro, neste mesmo Monumental, o time tentará conquistar o bicampeonato continental.”

RIVER PLATE 0x0 ATLÉTICO

Semifinal da Libertadores – Jogo de volta
Data: 29/10/2024
Local: Monumental de Núñez, Buenos Aires (ARG)
RIVER PLATE: Armani; Bustos, Pezzella, Paulo Díaz e Acuña; Kranevitter (Villagra, 12’/2ºT) e Simon (Echeverri, 12’/2ºT); Meza, Solari (Mastantuono, 12’/2ºT)  e Colidio (Bareiro, 19’/2ºT); Borja (Pity Martínez, 19’/2ºT). Técnico: Marcelo Gallardo.
ATLÉTICO: Everson; Lyanco (Saravia, Intervalo), Battaglia,  Junior Alonso e Arana (Vargas, 41’/2ºT); Scarpa,  Fausto Vera, Alan Franco; Hulk, Paulinho e Deyverson Rubens, 17’/2ºT). Técnico: Gabriel Milito.
Gols: –
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Assistentes: John León e Richard Ortiz (Ambos da Colômbia)
VAR: Carlos Orbe (EQU)
Cartões amarelos: Lyanco, Everson (ATL)
Cartões vermelhos: –

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