A aplicação do VAR no Brasil segue em debate mesmo após seis anos do início de seu uso pelos árbitros no país. Iniciado em 2018, o modelo ainda gera questionamento, mesmo com o uso de tecnologia. Ex-árbitro, Renato Marsiglia apontou o problema da ferramenta e um possível caminho para o fim das dúvidas nas decisões tomadas, principalmente em lances de impedimento.

Marsiglia citou erros do VAR por causa de ações que não estão ligadas à tecnologia – Foto: Reprodução/sportv

De acordo com Marsiglia, a dificuldade está na capacitação daqueles que usam o VAR.

“Obviamente o que a gente nota é que lá (na Europa) eles interferem muito menos. Aí não é uma questão de tecnologia. É uma questão de conceito, de treinamento, de quanto que você deve interferir, de quanto que você deve sustentar a decisão de campo do arbitro. Quanto que você não deve entrar em uma questão de interpretação. É uma questão de conceito”, disse o ex-árbitro, em declaração ao ‘De primeira”, do Uol.

Em contraste com o fator limitador para o uso da tecnologia no Brasil, Marsiglia citou a nova regra de impedimento sugerida por Arsène Wenger como um possível caminho para colocar um fim nos lances duvidosos de impedimento. A proposta aguarda o aval da International Football Associaton Board (Ifab).

“A situação só vai deixar de acontecer quando aquele trabalho do Arsène Wenger vier a ser aprovado. Inverte o conceito caso o jogador estiveja com o calcanhar junto com o defensor. 99% dos impedimentos não vão ser mais marcados. Aí acaba com a discussão”, destacou.

De acordo com Marsiglia, problema do VAR sobre decisão de impedimento pode estar perto do fim com nova regra – João Moretzsohn / CBF

Fim do problema de impedimento no VAR ? Entenda nova regra

Em setembro de 2023, o ex-técnico do Arsenal apresentou sua ideia com o propósito de acabar com chamada ‘mesma linha’. Pela proposta, apelidada de ‘regra da luz do dia’, é impedimento quando o atacante estiver completamente à frente do defensor. Mesmo que uma pequena fração esteja alinhada a uma parte do corpo mínima do defensor, a jogada será legal.

Atualmente, é impedimento caso qualquer parte do corpo que seja válida para o jogo (menos mãos e braços) esteja à frente do último defensor.

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