Ao contrário do que muitos dizem, Diego Maradona não começou a usar cocaína durante sua passagem pela Espanha, quando defendeu o Barcelona. Pelo menos é o que garante Carlos Fren, ex-companheiro do craque na época do Argentino Juniors, no fim da década de 70.

Morte de Maradona comoveu Argentina – crédito Argentinian Presidency / AFP

O ex-jogador e ex-técnico, foi amigo de Maradona e chegou a trabalhar com ele novamente na comissão técnica do Mandyú, em 1994, e no Racing, em 1995, quando o craque estava suspenso do futebol por doping. Segundo Fren, em entrevista ao site argentino ‘Infobae’, Maradona começou a usar cocaína ainda na época do Boca Juniors, em 1981, um ano antes de ir para o Barcelona.

“Estou indignado de ver e ouvir muitos que dizem que o conheceram, quando mal o viram ou apenas fizeram alguma reportagem sobre ele. Eles me fazem rir quando dizem que Maradona começou a usar cocaína na Espanha. Infelizmente tinha sido antes, quando jogava pelo Boca, em 1981. Lá ele entrou naquele mundo imundo que tanto perturbou a sua vida”, disse.

A amizade dos tempos de jogador arrefeceu quando cada um seguiu seu caminho na carreira. Quando se encontraram novamente, na década de 90, a relação praticamente acabou. Isso porque, segundo, Fren, a postura de Maradona em relação ao vício de álcool tornou-se um problema na relação entre os dois, durante o trabalho.

“Eu era um dos poucos que podia dizer a ele as coisas como eram. Na época do Racing, não estava em condições de dirigir o time contra o San Lorenzo. E não apareceu nas três partidas seguintes. Quando voltou, ele me agradeceu por continuar dirigindo a equipe em seu lugar. Diego era uma pessoa difícil. Se em vez de tomar um whisky toma três garrafas e ninguém diz nada… Não é assim que funciona”, afirmou Fren, que resolveu trabalhar em carreira solo como técnico após a experiência ao lado de Maradona.

“Está claro que, na época, me prejudicou estar ao lado dele. Porque depois foi muito difícil conseguir um trabalho.

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