Flamengo e Fluminense decidem nesta quinta-feira (1°), no Maracanã, uma das vagas para as quartas de final da Copa do Brasil. Aliás, são poucos os jogadores que vestiram as camisas dos times cariocas, dois dos maiores do futebol brasileiro. Além disso, o número ainda é mais enxuto entre esses atletas que marcaram gols importantes em FlaxFlus. Assim, o Jogada10, na véspera do clássico decisivo desta quinta, conversou com Roni, ex atacante que vestiu as cores vermelha e preta, do Flamengo, e verde, branco e grená, do Fluminense.
Formado pelo Vila Nova, o tocantinense Roni, atualmente com 46 anos, foi contratado pelo Fluminense em 1997. Sua primeira passagem pelo Tricolor das Laranjeiras foi entre os anos de 1997 e 2000, onde viveu momentos delicados, como os rebaixamentos no Brasileirão. Após passar por clubes brasileiros e do exterior, foi jogar no Flamengo em 2007, ao lado de Souza, seu ex-companheiro no Goiás. Pelo Rubro-Negro disputou 21 jogos e marcou três gols.
Mas foi em 2009, em seu retorno ao Fluminense, que Roni escreveu o seu nome na história do FlaxFlu.No antigo Maracanã, Roni, com time formado por Conca e treinado por Renato Gaúcho, marcou o gol do Tricolor contra o Flamengo no empate por 1 a 1. O resultado fez o Fluminense avançar na Sul-Americana daquele ano. Já final, perdeu para a LDU, do Equador. Assim, Roni relembrou esse clássico histórico.
“Em 2009, quando eu retornei, o treinador era o Renato, que continua meu amigo até hoje. Eu senti que eu deveria voltar até porque o Fluminense estava em uma fase difícil no campeonato. Em seguida teve esse clássico na Copa Sul-Americana, eu marquei o gol de pênalti que representou a nossa classificação. Toda vez que marcava me sentia feliz, até porque o atacante adora fazer gol. A alegria foi ainda maior porque nos ajudou na competição e logo após a minha volta ao clube”, disse Roni.
Atacantes de Flamengo e Fluminense
Flamengo e Fluminense reúnem três dos melhores atacantes do futebol brasileiro da atualidade: Gabigol, Pedro e Cano. Para Roni, com lugar de fala de quem fez bonito em campo nesta posição, o trio é de muita qualidade. No entanto, Pedro é o mais perigoso do país. Segundo ele, o atacante reverência pode ser o titular da Seleção Brasileira.
“A respeito dos atacantes, acho que o Pedro realmente possui muito recurso, tem total condições de ser titular na Seleção Brasileira. Na minha opinião é o atacante mais perigoso do país. O Cano tá muito abençoado, fazendo muito gol, sabe finalizar e o próprio Gabigol também tem muita qualidade. Mas a minha preferência continua sendo o Pedro”, opinou Roni sobre atacantes dos times cariocas.
Ex-companheiro de Fernando Diniz
Nos tempos de Fluminense, Roni jogou ao lado de Fernando Diniz, treinador do Tricolor, que também vestiu as camisas de Flamengo e Fluminense. Atualmente, Diniz é unanimidade entre torcedores de diversos clubes: um treinador que faz a sua equipe jogar bonito. Dessa forma, Roni exalta o treinador, e diz que torce para ver Fernando Diniz no comando técnico da Seleção Brasileira.
“Fernando Diniz com certeza é um dos melhores treinadores atualmente no futebol brasileiro. É um cara até que eu sou suspeito de falar, nós atuamos juntos três anos, temos uma relação muito próxima. Eu torço muito para que ele senão agora, no futuro se torne técnico da Seleção Brasileira. Com certeza ele tem total capacidade para isso”, disse Roni.
Partida desta quinta-feira
No primeiro confronto entre as equipes na Copa do brasil, o Flamengo foi superior em campo, mas não conseguiu demonstrar isso em gols. Assim, deixou a decisão em aberto. Segundo Roni, ele acredita que o Fluminense terá uma postura diferente nesta quinta-feira, levando mais perigo ao gol rubro-negro.
“O Flamengo foi bem superior, acho que o Sampaoli soube fazer uma estratégia para inibir a saída do Fluminense em bloco. O objetivo foi atacar a fraqueza do estilo do Fernando Diniz, que já ficou conhecido. O Flamengo foi superior nesse sentido, mas não conseguiu converter esse domínio no resultado. O jogo foi 0 a 0, tá aberto ainda e acredito que o Fluminense terá uma postura diferente na segunda partida”, explicou o ex-jogador.
Veja outras respostas de Roni ao Jogada10
Convocações de André e Nino na Seleção
“O André já havia sido convocado anteriormente, fez uma ótima temporada no ano passado. Um jogador muito dinâmico, com versatilidade e qualidade. Portanto, merece uma oportunidade real na Seleção. No caso não apenas estar no grupo, mas mostrar o potencial que ele já demonstra no Fluminense também na Seleção Brasileira. Nino é um zagueiro muito técnico, já temos o Marquinhos com características semelhantes à dele no time. Eu entendo que é extremamente justa a oportunidade que o Ramon deu a ele”.
Ano de 2009 e sonho pela Libertadores em 2023
“Nós acabamos perdendo a final da Sul-Americana, mas foi um ano que nós comemoramos muito porque todos os matemáticos davam o Fluminense como rebaixado no Brasileiro. Nós tivemos êxito na reação e acabamos nos salvando na última rodada. Poderíamos ter coroado com um título internacional, mas quem sabe se não chegou a hora? Que seja a Libertadores agora em 2023”.
Profissionalismo em vestir as camisas de Fluminense e Flamengo
“Sobre o fato de ter atuado com as duas camisas, eu tive o maior profissionalismo possível, apesar do fato de eu ter defendido o Flamengo por menos tempo em comparação com o Fluminense. Eu respeito todas as torcidas. Nós sabemos a grandeza de ambas que são apaixonadas por seus clubes. Pode ser que um torcedor ou outro tenha alguma reação negativa, é normal que aconteça quando um atleta muda de uma equipe rival para outra. Contudo não vejo nenhum problema neste tipo de situação, entendendo que o jogador tenha que ser o mais profissional possível”.
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