Um dos goleiros mais destacados e vencedores do futebol brasileiro no Século XXI, Diego Cavalieri anunciou sua aposentadoria dos gramados nesta quarta-feira (22). Ele estava sem clube desde 2021, quando deixou o Botafogo, mas manteve-se treinando à parte. Agora, entretanto, decidiu colocar um ponto final numa carreira vitoriosa.
Aos 40 anos, Diego Cavalieri pendura as luvas após defender seis clubes em sua trajetória profissional. Revelado no Palmeiras, onde jogou de 2003 a 2008, ganhou um Campeonato Paulista e uma Série B do Campeonato Brasileiro. Posteriormente, foi para o Liverpool, da Inglaterra, mas pouco jogou e não conquistou títulos. Após curta passagem pelo Cesena, da Itália, onde sequer atuou, transferiu-se para o Fluminense.
Começava, assim, a etapa mais vitoriosa da carreira do goleiro. Ele foi campeão brasileiro em 2012, além de ter sido eleito o melhor goleiro da competição. As grandes atuações o levaram à Seleção Brasileira, onde ganhou um Superclássico das Américas (2012) e uma Copa das Confederações (2013). No Tricolor, ainda ganhou uma Primeira Liga, em 2016, tendo entrado em campo em 352 oportunidades.
Sem sorte na Europa, a ida ao Botafogo
Após o fim da temporada de 2017, o Fluminense vivia uma crise financeira e se desfez de vários jogadores. Cavalieri foi um deles, transferindo-se na sequência para o Crystal Palace, da Inglaterra. Mas, a exemplo do que já tinha acontecido no Cesena, nem sequer atuou e acabou deixando a equipe de Londres depois de apenas três meses.
Foi então que apareceu o Botafogo, que ofereceu um contrato ao goleiro. Cavalieri aceitou e, a princípio, foi reserva do já idolatrado Gatito Fernández. Mas o experiente arqueiro também ganhou suas oportunidades e teve boas atuações. Ao todo, disputou 40 partidas pelo Alvinegro. Seu último jogo foi justamente contra o Palmeiras, que o revelou, em 2 de fevereiro de 2021. A partida terminou em 1 a 1.
Fora dos campos, a busca pela arte
Mas se engana quem pensa que Diego Cavalieri pretende continuar trabalhando com futebol, após sua aposentadoria. De fato, o agora ex-goleiro pretende seguir o caminho da área cultural, sobretudo da cultura de rua e do movimento hip-hop. Ele é um fã do gênero musical e de tudo que o cerca.
“Acho que, para mim, meu ciclo já acabou. Tem outras coisas também, fora do futebol, que me agradam muito: arte de rua, rap… Foi um universo em que eu me achei, então estamos analisando algumas possibilidades para, quem sabe, poder entrar nesse ramo”, afirma.
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