Flamengo

Exclusivo: Campeões pelo Fla sobre o Palmeiras analisam a Supercopa

O Flamengo se prepara para encarar o Palmeiras, no próximo domingo (11), pela Supercopa do Brasil, em Brasília. Esta será apenas a segunda final de um torneio oficial entre os clubes. A primeira foi em 1999, quando o Rubro-Negro despachou o Verdão na decisão da Mercosul.

Aquele Palmeiras, aliás, também tinha acabado de ser campeão da Libertadores e possuía um elenco qualificado, mas foi vice após perder de 4 a 3 no Maracanã (gols de Juan, Caio, que fez dois, e Reinaldo, aos 44 do segundo tempo) e empatar em 3 a 3 em São Paulo. No Parque Antárctica, o Verdão vencia até os 38, o que forçaria um terceiro jogo, mas aí brilhou a estrela de Lê, que fez o gol do título. Os outros foram de Caio e Rodrigo Mendes.

Para destrinchar o caminho que o Fla tem que seguir, o Jogada10 ouviu o volante Leandro Ávila e o lateral-esquerdo Athirson. De acordo com o ex-camisa 8, que era o capitão e levantou a taça, o Rubro-Negro precisa se atentar aos detalhes e não ter medo de manter a sua tradicional intensidade. Leandro Ávila destacou ainda que vê o time carioca com uma leve vantagem por conta da qualidade técnica dos jogadores.

“É um jogo que não tem muita margem para o erro. O jogo pode ser decidido em detalhes. São dois gigantes do futebol brasileiro.  O Flamengo tem que buscar o gol, manter a marcação alta, a intensidade. O Ceni deve ter estudado bem. Em 99, eles também eram  campeões  da Libertadores, mas eles tinham uma equipe melhor. Nós sabíamos que nem sempre o melhor vence. Hoje, o Fla tem uma equipe um pouco melhor, o que não dá a certeza de que o Flamengo vai ganhar. Vamos torcer para que seja um jogo, mas que obviamente dê Flamengo”, comentou Ávila, hoje com 50 anos.

Confiança em Everton Ribeiro

Ao ser perguntado sobre quem ele acha que ganha, não ficou em cima do muro e apostou no Flamengo, mesmo tendo jogado também no Palmeiras.

“Arriscar favoritismo é muito complicado, está tudo muito aberto. Qualquer coisa pode acontecer, um time abrir 1 a 0 e se segurar. A tendência é o Flamengo ter um pouquinho de vantagem pela qualidade técnica dos jogadores,  pelo coletivo, que rende muito, e até pelos jogadores que saem do banco, mas tá tudo aberto. Mas aposto em um 3 a 1 pro Flamengo, com Everton Ribeiro sendo o destaque da partida”, opinou o ex-meio-campista, que foi revelado no Vasco e jogou (e ganhou títulos) pelos quatro grandes do Rio.

Time raiz, mesmo sem Romário

No Flamengo, Ávila ficou de julho de 1998  a julho de 2001. Depois de uma rápida passagem pelo Botafogo no segundo semestre, ele voltou ao clube em 2002, mas saiu em março daquele ano e não voltou mais. Além da Mercosul de 1999, conquistou ainda três Cariocas (1999 a 2001) e a Copa dos Campeões de 2001.

“Em 1999, nós sabíamos que eles eram superiores pelos craques que tinham. O time deles era realmente muito bom, na época da Parmalat, mas nós tínhamos muita confiança no nosso estilo e  jogávamos pra frente. Perdemos Romário (afastado pela diretoria após ir a uma festa depois de uma derrota), mas mesmo assim a gente confiava muito no time. A gente já tinha feito uma prova muito boa em 99, contra o Vasco, que era o grande favorito por tudo que fez em 97, 98 e 99 e viria a fazer em 2000, mas ganhamos. Pensamos em não levar gol porque o nosso sairia naturalmente, mas acabou que levamos também pela qualidade deles. A torcida também nos empurrou bastante, além da união que tínhamos. Era um time raiz, mas o de 2021 é melhor, até mesmo por conta de todo o investimento feito e pela estrutura dos treinos”, concluiu Leandro.

Com a palavra, Athirson

Enquanto Ávila caminhava para a reta final da carreira, Athirson começava. Carioca da gema, ele era cria do Flamengo e titular daquele time que terminou a campanha com seis vitórias e três derrotas em 12 jogos, além de 33 gol marcados. Para o ex-lateral , hoje com 44 anos, o Rubro-Negro precisa manter a movimentação e intensidade no ataque.

“São dois times com muito bons elencos. O Flamengo tem muita intensidade, volume de jogo, com triangulações, com os dois atacantes se movimentando para as extremidades e facilitando as amplitudes, conseguindo muita troca de posicionamento, o que traz uma dificuldade grande pro Palmeiras. Por outro lado, o adversário tem uma marcação forte, que sabe aproveitar bem as transições, principalmente no meio-campo. Eles conseguem fazer isso muito bem. Tem tudo para ser um jogo, mas espero que o Flamengo saia vencedor”, destacou Athirson.

Feito que durou 20 anos

Ao todo, foram três passagens  dele pelo clube: 1996 a 97, 98 a 2000 e 2001 a 2004. Ele participou de 253 jogos e 37 gols. Títulos? Três Cariocas, Copa Ouro, Copa dos Campeões Mundiais, mas a maior taça pelo clube foi a Mercosul de 1999.

“A gente pegou um time muito difícil na final, com jogadores já consagrados, que serviam seleções. Nós tínhamos jovens, mas alguns experientes… Tínhamos perdido Romário e sabíamos que íamos precisar jogar com muita atenção e dedicação para conseguir o que queríamos, mas não com medo do adversário. Fomos para cima, jogamos de igual para igual e conquistamos o título e até 2019 esse era o último título internacional do Flamengo. Foi um prazer imenso jogar aquela final”, concluiu Athirson, que passou ainda por Santos, Juventus, Cruzeiro, Bayer Leverkusen, Botafogo, Brasiliense, Portuguesa, Duque de Caxias e Seleção.

 

Na Mercosul de 99, o Flamengo passou por Olimpia, Colo-Colo, Universidad de Chile, Independiente, Peñarol e Palmeiras (Foto: AFP)
Editor Jogada 10

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