Líder isolado do Campeonato Brasileiro, com 56 pontos – 11 de vantagem para o segundo colocado -, o Atlético caminha a passos largos para conquistar o título nacional, caneco distante da Cidade do Galo há 50 anos. Grande parte da torcida credita o bom momento na temporada ao atacante Hulk, que já marcou dez gols na competição. Assim também pensa Robertinho, ex-jogador do time carijó e campeão mineiro em 1989.
Em entrevista ao Jogada10, o ex-atacante, que atualmente treina o Vipers, da Uganda, enaltece o futebol praticado pelo atual camisa 7 do Galo e pede o jogador na seleção:
“Eu sempre fui admirador do futebol do Hulk, o acompanhando quando estava no Brasil e também no exterior. É um jogador decisivo, que joga espetado. Ele busca, com a bola, a agressividade no campo ofensivo. Isso me deixa muito feliz. Quando as coisas ficaram bem entre o Hulk e o Cuca, quem colheu os frutos foi o Atlético-MG. Esse atacante desequilibra o jogo e, no meu ponto de vista, deveria ser titular da Seleção.”
Como você analisa o momento do Galo no Brasileirão sob o comando do técnico Cuca?
“O Atlético se estruturou para chegar ao ponto em que se encontra no Campeonato Brasileiro. O clube conseguiu os resultados que eram esperados. As contratações feitas foram pontuais. Estou muito feliz com o momento que o Atlético vive. Para mim, não é nenhuma surpresa a posição da equipe hoje. O clube se estruturou e se consolidou. Fiquei muito feliz com o retorno do Cuca ao Atlético. O Jorge Sampaoli (antecessor) exigiu da diretoria várias contratações, mas não soube gerir o grupo como deveria, na minha opinião. Não foi um treinador que soube transformar em resultados tudo aquilo que ele pediu ao clube. O Cuca faz isso, e lhe dou os parabéns, assim como à comissão técnica e aos gestores do clube.”
Atlético, Flamengo e Palmeiras têm os melhores times do Brasil. Como você analisa essas equipes?
“Eu tenho certeza de que o Atlético, ao lado de Flamengo e Palmeiras, se encontram em um momento muito positivo, importante para o futebol brasileiro e com uma ótima representação no Brasileirão. São três equipes muito bem elaboradas, com elencos equilibrados, que possuem opções de trocas de modelos de jogo, além de terem um bom material humano. Acredito que o Galo esteja na liderança com uma certa vantagem na pontuação porque consegue transformar em resultados positivos tudo aquilo que faz. Não é surpresa. O futebol brasileiro sempre foi assim. Fico muito feliz em ver esses clubes voltando à origem, ao estilo do futebol brasileiro, que nunca pode ser alterado. A ofensividade, criatividade e reatividade sempre foram predominantes. Assim foram os grandes momentos do futebol nacional na história.”
Como você observa a sua passagem pelo Atlético em 1989?
“Fico muito feliz quando eu falo sobre o Galo porque eu tenho muito respeito pelo clube que me acolheu muito bem e onde fui consagrado campeão. Só eu sei o que senti, ao lado de Gerson, Zanata, Éder, Éder Lopes, Luizinho e Paulo Roberto. Eram jogadores do elenco em 89. Eles tinham que ser campeões e foram. A nossa superioridade em campo não era teórica e, sim, prática. Éramos jogadores completamente ofensivos. Quando o Éder pegava a bola no meio de campo, eu já me preparava para receber. Isso tudo era treinado pelo Jair Pereira, que planejou até a sua execução. Só quem conhece a força do Atlético-MG sabe que é uma coisa fantástica, incrível!”
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