Dez federações de futebol da Europa divulgaram neste sábado (5/11) um comunicado conjunto em que celebram o sucesso na cobrança por tolerância e respeito à diversidade na preparação da Copa do Mundo. Afinal, esses países integram o Grupo de Trabalho da Uefa dedicado à defesa dos Direitos Humanos e Laboriais, com foco na conduta do governo do Qatar.

Copa começa dia 20. Estádio Lusail  vai receber a final  – Divulgação/Qatar 2022

“Congratulamo-nos, como fizemos no passado, por […] progressos significativos por parte do Qatar, nomeadamente no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores migrantes, com o impacto das alterações legislativas demonstrado nos recentes relatórios da Organização Internacional do Trabalho», afirma uma nota publicada no portal da Federação Portuguesa de Futebol.

Além de Portugal, fazem parte do grupo representantes da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, Noruega, País de Gales, Países Baixos, Suécia e Suíça. Um dos avanços foi na questão do público LGBTQ+. Afinal, num país em que a homossexualidade é combatida, havia grande preocupação com a segurança de torcedores que fazem parte desse grupo. Mas, de acordo com a nota das federações, o governo catari deu garantias de inclusão de todos ao longo da competição.

«Abraçar a diversidade e a tolerância significa também apoiar os direitos humanos. Os direitos humanos são universais e aplicam-se em todo o lado. Continuamos a apoiar o impulso de uma mudança positiva e progressiva», afirmaram os representantes do grupo da Uefa.

Uma das metas do grupo de federações é garantir os direitos dos trabalhadores, após denúncias de exploração na construção dos estádios. Entre eles, o Al Bayt, palco da abertura do Mundial – Reprodução/qatar 2022

Fundo para os trabalhadores

Outro foco de atenção – a partir de repetidas críticas e denúncias feitas por meio da imprensa – é a questão trabalhista. Afinal, muito se falou sobre a exploração dos empregados que participam das obras para a Copa, principalmente imigrantes, com desrespeito a direitos básicos.  No mês passado, a Dinamarca anunciou que a seleção vai usar uma camisa com protesto contra a violação de direitos dos trabalhadores. 

No comunicado deste sábado, o grupo de federações afirma que aguarda da Fifa a implementação de medidas de apoio aos trabalhadores.

«A Fifa tem-se comprometido repetidamente a dar respostas concretas sobre estas questões – o fundo de compensação para os trabalhadores migrantes e a criação de um centro de trabalhadores migrantes em Doha – e continuaremos a insistir para que estas sejam entregues», conclui.

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