A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) criticou, nesta quinta-feira, a arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade estadual citou as reclamações dos clubes como uma prática marcante nas competições organizadas pela CBF. Além disso, fez referências indicando que o quadro de árbitros “está no CTI”.

O texto, aliás, está no site oficial da Ferj um dia após as reclamações de Botafogo e Flamengo sobre erros de arbitragem na Copa do Brasil. O Glorioso, eliminado pelo Bahia, contesta a expulsão do volante Gregore ainda no primeiro tempo. Do outro lado, o Rubro-Negro viu erro claro em não marcação de pênalti após toque no braço de um defensor do time paulista.

A entidade carioca ainda pede que os clubes mais prejudicados sejam ouvidos “para um debate sobre caminhos a serem seguidos que possam conduzir a melhores resultados”.

Rubens Lopes, presidente da Ferj – Foto: Reprodução/Canal Mundo GV

Veja o texto da Ferj:

“Toda rodada temos repetidos problemas de arbitragem que já se tornaram motivo de chacotas, ultrapassaram, há muito, o chamado “choro de perdedor” para cada vez mais fazer crescer o descrédito, a dúvida, a incerteza da competência; a vulnerabilidade, fragilidade ou imperfeição do conjunto que abrange a formação, seleção, treinamento, escalas, avaliação de desempenho, dentre outras valências, onde as métricas variam com a singularidade de quem as administra à sua vontade, com impactos negativos diretos causadores de insegurança das competições, debilidade das explicações e a evidência da inabalável e exuberante desuniformidade de critérios.

Tudo isso com reflexos muito ruins para todos, principalmente para os clubes e campeonatos. Não encontro nenhuma justificativa para a possível insensibilidade e impermeabilidade ao clamor que tomou conta do tema arbitragem, de maneira uníssona, transformando a CBF em alvo dos mais variados ataques e o presidente colocado isoladamente no meio do furacão, como se nós, Federações, não tivéssemos nada a ver com isso, não fôssemos atingidos, ou como não estivéssemos incomodados com o que está acontecendo, numa insensibilidade injustificável e total falta de apoio ao presidente, que está sendo responsabilizado e atingido até mesmo por maledicências e delírios alheios, como se dele partissem orientações para a intencionalidade de erros destinados e prejudiciais a esse ou aquele clube, por esse ou aquele motivo.

Penso que urge uma reflexão sobre a necessidade imediata de que sejam reunidos e ouvidos os mais prejudicados, os clubes, para um debate sobre caminhos a serem seguidos que possam conduzir a melhores resultados.

Impossível, infantil e vazia, nos tempos atuais, com a tecnologia que se dispõe, a hipótese da existência de apenas um único ser com sapiência capaz de congregar todas as soluções e como se fosse impossível e não permitido a qualquer outro mortal não saber ver, enxergar, registrar, processar e concluir o que se passa.

Só um louco extremamente soberbo acredita nisso. É evidente, incontroverso e inquestionável que a orquestra está desafinada ou “afinada” demais, quem sabe? (músicos(?), maestro (?), ambos (?), nenhum deles (?)).

Isto posto, cabe um diagnóstico etiológico preciso para que se tenha um tratamento eficaz e um prognóstico satisfatório para o bem e a tranquilidade de todos. E os clubes não podem ficar de fora disso. É o que se espera e o que pode e deve ser feito.

O paciente “arbitragem” está no CTI, à beira da morte, e o tempo do “L’Etat c’est moi (o Estado sou eu) já se foi com um certo Luis alguma coisa.

Pensemos todos nisso.” 

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