Tradutor da Espanha na Copa do Mundo de 2018, o mexicano Alex Peña colocou a boca no trombone e contou detalhes de como era o ambiente da seleção naquele Mundial da Rússia. As histórias são, de fato, escabrosas. Nesta quarta-feira (13), assim que elas tornaram-se públicas, o lateral-direito Dani Carvajal negou as informações e afirmou que vai processar o profissional.

Peña, em uma live no YouTube, contou o que encontrava quando entrava na sala de jogos dos jogadores. Ele, aliás, chegou em Moscou em 2015 para estudar Relações Internacionais. Aprendeu russo, idioma que fala fluentemente, e foi escolhido pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) para trabalhar com a seleção.

“Via o quarto cheio de garrafas de cerveja e cigarros. Chegaram a me pedir, às 7 da manhã, que lhes arranjasse bebidas”, recordou.

Espanha passou vergonha na Rússia – Ryan Pierse/Getty Images

E não para por aí! Peña, como falava russo, acabou se aproximando do elenco da Fúria. Neste contexto, recebeu convites para participar de festas e orgias do elenco. Claro, como tradutor. Não como um “amigo” dos ibéricos. Peña detalhou tudinho.

“Estava na cozinha, conversando com funcionárias do hotel, quando chegaram o Nacho Monreal, o Dani Carvajal e o David de Gea, me pedindo que lhes perguntasse se elas queriam ir a uma festa com eles. Fomos para a suíte do hotel. Pediram, então, vodka e narguilé. Fui de tradutor. De repente, o Carvajal pede para dizer a uma delas que queria enfiar-lhe a p*** até ao fundo da garganta”, lembrou.

Contrariado diante daquela situação extremamente desprimorosa, o jovem mexicano saiu pela tangente e não fez a tradução. Carvajal, obviamente, não teria ficado nada satisfeito com a recusa do profissional.

Tradutor detona a Espanha

O tradutor ainda acrescentou que o grupo era desunido, embora, claro, tentasse disfarçar as tretas e a guerra de vaidades publicamente.

“A união era mentira; não vi sentimento de união nem patriotismo”, relatou.

Peña detonou, também, os grandes astros daquela seleção e só poupou um nome.

“Iniesta era o único que tinha comportamento profissional. Piqué, por exemplo, olhava todo mundo com desprezo. E Busquets me chamava de ‘despertador de merda’, pois eu tinha a missão de acordá-los”, agregou o mexicano.

Em campo, a Espanha não passou das oitavas de final daquela Copa do Mundo, sendo eliminada, nos pênaltis, para a anfitriã Rússia. Fim de festa!

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