Flamengo arremata leilão por terreno para construir estádio

Dia histórico para a nação rubro-negra! O Flamengo arrematou na tarde desta quarta-feira (31) o leilão pelo terreno do Gasômetro, local onde vai construir o seu próprio estádio. A sessão, que começou às 14h30 (de Brasília), foi rápida. O lance mínimo era de R$ 138 milhões e o clube carioca acabou sendo o único interessado.

Primeiro, o Flamengo entregou a proposta que na sequência foi aprovada. Assim, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, chamou o presidente Rodolfo Landim e o deputado federal Pedro Paulo para finalizar a compra.

“Homologo o resultado final, no valor de: R$ 138.195.000,00. e declaro vencedor do leilão o Clube de Regatas do Flamengo”, disse Eduardo Paes.

O prefeito ainda falou sobre a importância da construção de um estádio para o Flamengo na cidade. Paes acredita que o local atrairá mais pessoas e que isso, consequentemente, movimentará a economia do local.

“Nós entendíamos e sabíamos que havendo a demanda do maior clube do Brasil, o Flamengo, falo isso sendo vascaíno. Havia demanda por um estádio, deste clube tão tradicional, importante, com mais de 100 anos. 129 anos de história sem estádio ainda, algo inadmissível. O principal objetivo é, é óbvio, poder ver o Flamengo, tendo a possibilidade de ter um estádio. É uma alegria como prefeito, pelos cariocas, pela importância que o Flamengo tem para a cidade e para o Brasil. Mais que isso, é a gente saber, ainda tem muito caminho a ser percorrido. Teremos neste espaço importante para o Rio de Janeiro mais um equipamento icônico que vai atrair ainda mais gente para morar, viver e fazer comércio aqui”, afirmou.

Estádio do Flamengo: Gastos, nome e data de inauguração

Após a oficialização da compra, o presidente Rodolfo Landim falou um pouco mais sobre os gastos previstos para o estádio.

“Se a gente levar em consideração, na fase em que estamos, sem ainda um projeto básico, a margem de erro de qualquer orçamento que você faça é muito maior. Tendo um projeto básico e executivo, essa margem cai muito. A gente estima que seja algo em torno de R$ 1,5 bilhão. Recursos, o Flamengo vai obter. A gente já teve uma boa notícia do prefeito, que vai nos ajudar com o potencial construtivo. Ele deixou claro, que é um dinheiro tarimbado para construir o estádio e ele (Paes) estará auditando isso”, explicou Landim.

Uma expectativa muito grande é para o nome do estádio próprio do Flamengo. Rodolfo Landim disse, então, qual o plano para definir como será chamado.

“O nome oficial do estádio vai ser um nome que a gente vai negociar provavelmente com alguma grande empresa, algum grande fundo, algum grande interessado que possa apontar recursos para nos ajudar a construir o estádio”, afirmou.

Alguns torcedores do Flamengo estavam presentes na sessão e comemoraram muito junto a dirigentes que estavam no local. A compra do terreno é um passo importante para o clube iniciar as etapas de construção do estádio. Segundo o presidente Rodolfo Landim, a inauguração será no dia 15 de novembro de 2029, data que é o aniversário do clube.

Leilão correu risco de não ser realizado

O leilão para a venda do terreno correu risco de não ocorrer nesta quarta-feira. Afinal, o juiz  Marcelo Barbi Gonçalves, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro suspendeu a venda do terreno na noite da última terça-feira, com a alegação que o Município não pode “desapropriar bens de propriedade de empresa pública federal, sem a prévia autorização do Presidente da República, mesmo que não sejam utilizados diretamente na prestação de serviço público”.

No entanto, na manhã desta quarta, a Procuradoria Geral do Município, simbolizando a Prefeitura do Rio de Janeiro, conseguiu derrubar a liminar que suspendia o leilão do terreno do Gasômetro. A autorização ocorreu junto à presidência do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

O desembargador Guilherme Calmon Nogueira da Gama, presidente do TRF-2, assinou a decisão às 08h50 desta quarta-feira – menos de seis horas do leilão. O magistrado alegou ”risco de danos graves e irreparáveis ao interesse público” e violação à ordem pública com o cancelamento às vésperas da hasta”.

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