Bastou ao Flamengo enfrentar uma equipe mais forte para sofrer na Copinha. Apanhou de 2 a 1 do Zumbi, de Alagoas. O hábito dos últimos anos. Juvenis para representar o clube no torneio. Juniores no lugar dos profissionais no Estadual. E estrelas para os norte-americanos. Times completos para as copas e mistos para o Brasileiro. Parece que a coisa não vai mudar. Será que o Boto acompanhou o jogo? Ou estava em algum lugar falando sem parar?
A eterna obrigação do Flamengo não é só revelar craques, o que é raro hoje em dia, mas jogar convencendo, e mais, conquistar título, não importa em qual das categorias. O clube jamais disputará competições apenas para participar.
O jogo
Logo aos 10 minutos, Gusttavo executou uma lambreta sobre Carioca, cruzou, a bola bateu em João Gabriel e entrou: 1 a 0. Parecia tranqüilo. O time do Rio começou a perder a concentração. O adversário abriu a caixa de ferramentas. Aos 29, Jean enfiou a sola no peito de Bill, e não foi expulso. Depois, aos 32, Caio Barone espalmou pancada de Igor, de fora da área, e Ruan apanhou o rebote para empatar: 1 a 1. Aos 39, o mesmo Ruan entrou com violência em Caio Joshua, e a exemplo de Jean, tomou apenas o amarelo. A força física evidente na diferença de idade – juvenis para juniores – passou a fazer diferença a favor do Pantera Verde. E o primeiro tempo terminou – apesar das pancadas – com justiça no placar.
Na etapa derradeira, houve muita briga pela bola, e como ocorreu antes do intervalo, pouca técnica. O Zumbi não mexia na equipe. E o Flamengo promovia substituições em massa e operava milagres para garantir o resultado. Caio Barone, que andou falhando, praticou boas defesas. Aos 33, o goleiro não teve chance. Foi vencido sem problemas por Cauã: 2 a 1. Com a vantagem, restando pouco mais de 10 minutos. O Pantera Verde, que mandava na partida, resolveu recuar. E o Flamengo respirou, tentando, aos trancos e barrancos, igualar. Aos 46, Germano chutou a bola na mão de Cauã, e cobrou o pênalti para… fora. Fim de papo.
Profissionais do Flamengo
Domingo começa o absurdo que é disputar o Estadual com o Sub-20. A diretoria eleita pode até não ser a responsável, pois o contrato para jogar no começo do ano nos Estados Unidos já havia sido assinado pela anterior, mas também não é possível afirmar que a prática não seria mantida. Mas há ainda o hábito, agora comum, e lamentável, de disputar partidas do campeonato no Nordeste.
O Flamengo precisa ganhar o Estadual para ampliar a hegemonia no Rio de Janeiro. O Flamengo é vencedor. Começa o ano com a obrigação de ganhar a Taça Guanabara e a Supercopa do Brasil até o começo do Carnaval. Se não conquistá-los, José Boto, que fala demais, vira – sem trocadilho – perdedor. Como o conterrâneo Vitor Pereira.
Voltando à Copinha, o Flamengo decide vaga sábado à noite com o paulista São Bernardo. Será que Boto acompanhará?
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