Deu 1 a 1 no Fla-Flu. O de sempre. Brigar pelo Brasileiro, ilusão de muitos após a boa exibição contra o Palmeiras, voltou a cair por terra. Situação prevista por aqui, tal o número de resultados ridículos no campeonato. Na prática, apesar do orçamento gigante, e de tudo que há de positivo no clube, como um centro de treinamento europeu, o Flamengo de Vitor Pereira e Jorge Sampaoli  – dois estranhos no ninho – jamais foi candidato a nada. Não seria agora com Tite, solução que se pretendia mágica, mas que vai mostrando a verdadeira face, que o Rubro-Negro voltaria ser vencedor. Tite é um conservador que se finge de liberal. Nada além.

Vale lembrar, como sempre, o que é absolutamente intolerável, que o Flamengo perdeu os oito títulos que disputou em 2023.  Taça Guanabara, Estadual, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial, Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil. Não dá para esquecer o retumbante fracasso de um dos piores anos da história.

O que resta ao Flamengo é a qualidade individual, como a de arrascaeta – Foto: Divulgação / Flamengo

Bom início

O Flamengo começou entusiasmado, pressionando o Fluminense, que também está fora da briga pelo Brasileiro. Mas vive situação distinta: conquistou a Libertadores, garantiu a vaga no torneio de 2024, e ainda joga o Mundial em 2023. O problema é que a equipe da Gávea apresentava dois problemas crônicos. Não tem poder efetivo de finalização, caso não Pedro não participe efetivamente das jogadas – Luiz Araújo é um trombador trapalhão – e os laterais não sustentam o poder ofensivo. Felipe Luiz é craque, mas conta 38 anos e está em fim de carreira. E Mateuzinho é folclore. O Fluminense, aos poucos, acabou equilibrando a partida, embora também não ameaçasse.

E o que ainda resta ao Flamengo de bom é a qualidade individual dos craques que brilharam no período 2019-2020. Pois, nos acréscimos, Arrascaeta deu drible curto e rápido em Nino e acertou o canto esquerdo de Fábio. Deu a vitória parcial de 1 a 0 ao Rubro-Negro.

Flamengo no segundo tempo

No intervalo, Fernando Diniz promoveu três substituições, que visavam, além de mudanças táticas, dar principalmente maior disposição ao Tricolor, que começou  a etapa derradeira marcando em cima, tentando empurrar o adversário, que não conseguia ter a bola, preferindo apostar em contra-ataques.

Nada de diferente de outras ocasiões, quando tinha a vantagem no placar, mas parecia satisfeito, o equívoco que já lhe roubou muitos pontos no campeonato, relegando o time a disputar, por ora, vaga na Libertadores. Aos 17 minutos, como é habitual, a estratégia não funcionou, a zaga parou, e o empate ao Fluminense, que era óbvio, enfim ocorreu. Martinelli levantou, Arias cabeceou e Yony Gonzalez empurrou para dentro: 1 a 1.

Ao sofrer o gol, o Flamengo voltou a jogar com 11, pois Tite trocou Luiz Araújo – qoe é Luiz Araújo? – por Bruno Henrique. Na sequência, mais substituições do técnico, que no desespero, tentou consertar os erros evidentes. O time da Gávea, no abafa, e sem opção, saiu em busca do milagre, e não criou chance alguma, A torcida rubro-negra é – como se dizia em outros tempos – como mulher de malandro: quanto mais apanha, mais quer pancada.

Não há solução para 2023. O Botafogo até que tem feito um esforço extraordinário para tal. Mas o grande mico do ano é – definitivamente – o retumbante fracasso do Flamengo.

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