Alvo de críticas por parte da torcida do Flamengo, Rodolfo Landim, presidente do clube, também está na mira de conselheiros. Nesta sexta-feira, 23 membros do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro pediram a abertura de uma Comissão Provisória de Inquérito (CPI) contra o dirigente. O “ge” deu a informação primeiramente.
O motivo dos conselheiros é a possibilidade de uma infração estatutária do presidente com demissões de técnicos. A alegação de que o Flamengo gastou R$ 46,5 milhões com multas rescisórias de treinadores é a principal fundamentação do grupo.
Eduardo Bandeira de Mello e Márcio Braga, que já foram presidentes do clube e que estudam uma chapa de oposição a Landim, assinaram o documento. Walter Monteiro e Ricardo Hinrichsen, que também já concorreram em eleições do clube, também deram seus nomes.
O grupo diz que Landim é o responsável direto pelas contratações, demissões, premiações e punições de funcionários do clube. Além disso, eles alegam infração disciplinar com base no segundo parágrafo do artigo 69 do Estatuto do clube.
“§ 2º – os presidentes e vice-presidentes dos Poderes do FLAMENGO respondem pelo abuso de personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, bem como pelos prejuízos e atos lesivos ao patrimônio e imagem do FLAMENGO, que causarem quando procederem com culpa no desempenho de suas funções, nos termos do art. 50, do § 2º do art. 1.011 e do artigo 1.016, todos do Código Civil, inclusive com a sujeição de seus bens particulares e mesmo após o término de seus mandatos”, diz o documento.
FLAMENGO SE DEFENDE
Em nota, o Flamengo contestou a ação e afirmou que se trata de um “ataque da oposição, que tenta ferir a gestão atual”. Na gestão Rodolfo Landim, o Rubro Negro já contratou nove treinadores. São eles: Abel Braga, Jorge Jesus, Domènec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho, Paulo Sousa, Dorival Jr, Vítor Pereira e Jorge Sampaoli. Tite pode ser o décimo. Confira abaixo o comunicado do clube.
“Esse é mais um ataque da oposição que, tentando ferir a gestão atual, ataca o próprio Flamengo.
Não cabe inquérito por conta de pagamento multa rescisória decorrente de demissão de treinador, porque, pelo Estatuto do Flamengo, a admissão e a demissão de treinadores são prerrogativas do presidente do Clube. Todos sabem, no Flamengo, que o presidente do clube tem plenos poderes estatutários em relação a contratos e distratos de prestação de serviço do Futebol. Podemos até, um dia, mudar o estatuto, mas desde sempre foi assim e só mesmo ataques políticos patéticos e oportunistas podem justificar esse pedido de inquérito.
É bom que se diga que, se fosse possível abrir inquérito, deveria ser aberto em face à gestão anterior do clube, que demitiu o treinador Dorival Júnior em 2013 (um dos 14 treinadores da gestão anterior) e não pagou a multa rescisória devida, gerando uma indenização de aproximadamente 14 milhões de reais (em valores históricos), que teve que ser paga em 2020 pela gestão atual. Ou seja, a maior indenização de treinador paga por esta gestão foi derivada da inépcia da gestão anterior – e não se viu pedido oportunista de inquérito.
Aos rubro-negros, fica a mensagem que a hora agora é de trabalho árduo para retomar o caminho das grandes vitórias as quais nos acostumamos nestes últimos quatro anos. Chega de politicagem pequena. O Flamengo é muito maior do que isto.”
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