O Velez Sarsfield derrotou o Talleres por 1 a 0 no Mario Alberto Kempes, em Córdoba. Construiu o agregado de 4 a 2, e será o adversário do Flamengo nas semifinais da Libertadores. (NR: Os rivais já se enfrentaram em 2021, na fase de grupos e o Fla levou a melhor, com golaço de Arrascaeta, relembre no vídeo abaixo).
Mas há pelo menos dois fatos que já eram comuns antes do confronto entre os gringos: o Flamengo vai enfrentar um argentino, que costuma brigar até o fim, pouco importa a qualidade, e terá que jogar pelo menos uma vez fora de casa, o que é sempre difícil, pela viagem e principalmente pela hostilidade. Não é tão simples derrotar o Velez Sarsfield em Liniers. A propósito, ninguém aqui está duvidando de honestidade, mas seria interessante que a direção do Rubro-Negro questionasse se a Sul-Americana quer levar um time hermano à decisão.
Primeiro tempo
Antes de tudo é preciso lembrar, embora seja óbvio, que as partidas eliminatórias decisivas são disputadas de acordo com o resultado anterior. Assim, o Velez Sarsfield, que havia vencido por 3 a 2 em Buenos Aires, começou praticando um jogo mais cauteloso e cadenciado, tentando explorar o desespero do Talleres, que precisava marcar pelo menos uma vez.
O visitante, com a vantagem, deixava a posse da bola com o time local, para sair com velocidade nos contra-ataques, e chegou a criar pelo menos duas oportunidades, marcando em uma dessas um gol mal anulado pelo VAR, de Lucas Pratto, logo aos três minutos. A equipe de Cordoba até que conseguiu trocar passes e chegar próximo da área adversária, mas não obteve nenhuma chance evidente. Não seria um exagero afirmar que os times praticam um futebol razoável, e são equivalentes, mas isso não basta para quem necessita ganhar. Sendo assim, o do capital foi mais racional ao longo do primeiro tempo.
Segundo tempo
O Talleres fez duas mudanças no intervalo, com o objetivo de ampliar o poder ofensivo, e saiu em busca da salvação, oferecendo campo desguarnecido para o Velez Sarsfield aproveitar. O treinador português Pedro Caixinha, sem alternativa, pois seu time não ameaçava efetivamente, fez mais substituições, já despreocupado em tomar gol, mas aflito para fazê-lo. Um tanto pressionada, a equipe de Buenos Aires começou a truncar o jogo, com as faltas consecutivas e até violentas, que paralisavam o relógio.
Curiosamente, o expulso foi o técnico Alexander Medina. Aos 33 minutos, Lucas Janson enxergou um daqueles espaços provocados pelo avanço excessivo, e deixou Julian Fernandez em ótima posição, para driblar o goleiro e fazer 1 a 0. Com isso, o clube mais tradicional e de maior experiência garantiu a vaga.
*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10
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