Espelho, espelho meu. Há no Brasil um treinador com um ataque melhor e mais caro do que eu? Esta poderia ser muito bem a pergunta do técnico Rogério Ceni, do Flamengo. Pois ele deverá ter domingo (13) contra o Santos, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, o trio de ouro Bruno Henrique, Gabigol e Pedro. Juntos, os jogadores já marcaram 56 gols na temporada; juntos custaram ao clube a bagatela de cerca de R$ 188 milhões.

O técnico Rogério Ceni (de boné) comanda treino do Flamengo – Alexandre Vidal/Flamengo

 

 

Os dois primeiros chegaram antes e já viraram ídolos da torcida, formando, no ano passado, uma das duplas mais mortais do futebol brasileiro e entrando para a história do clube. Tudo porque conquistaram o Brasileirão depois de dez anos, e a Libertadores depois de 38, dois Estaduais, a Recopa e a Supercopa. Juntos marcaram 78 vezes, a metade do time, que fez 153 em 76 jogos.

“Bruno é um cara que eu gosto muito de jogar”, já afirmou Gabigol.

“O Gabi é um amigo especial. A gente se entende super bem. Sabemos a qualidade dele. É só procurar que ele consegue fazer o gol”, devolveu Bruno Henrique.

Rubro-negro desde criancinha, Pedro é o mais novo do trio. Chegou em janeiro de mansinho, a pedido do ex-técnico Jorge Jesus, que queria um centroavante nato no elenco. E foi conquistando seu espaço, gol após gol, comemorando sempre com a sua habitual reverência para a torcida. Já foram 20 na atual temporada, em 39 partidas. Dez deles somente no Brasileirão, cinco a menos que o primeiro na artilharia da competição, o meia Tiago Galhardo, do Internacional, que fez 15. Hoje, nenhum rubro-negro imagina o Flamengo sem ele.

“É muito bom poder jogar ao lado do Gabigol. A gente se dá muito bem no dia a dia e dentro de campo também”, comentou Pedro.

E Rogério Ceni poderá ter não um, mas os três pela primeira vez desde que chegou ao clube há um mês. E é ele que terá que responder quem vai escalar.

“Quem vai jogar ou não, temos que estar dispostos a dar o máximo”, sustentou Pedro.

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