O Flamengo prosseguiu com a péssima campanha no Brasileirão ao empatar por 1 a 1 com o América-MG no Maracanã, resultado lógico diante da dificuldade e incompetência do time para marcar gols, nas poucas chances que consegue obtê-las. Não há nenhuma possibilidade de ganhar títulos no ano caso Jorge Sampaoli não seja demitido. Mas ainda há tempo. Os três meses do cidadão já terminaram. Vaga na Sul-Americana já será um grande negócio no Brasileiro.
A propósito, a continuidade do monstro argentino no comando do futebol do clube é de uma burrice extraordinária. Caso o time seja eliminado nas competições nas quais ainda há teoricamente possibilidade de título – Copa do Brasil e Libertadores – a temporada de 2023 terminará em agosto. Serão quatro meses de melancolia. E uma perda absurda de dinheiro.

Flamengo e seus problemas crônicos
Os primeiros movimentos deixaram evidentes os sistemáticos problemas do Flamengo: tem intensidade no começo, cria oportunidades e as desperdiça na sequência, e vive pânico quando o adversário vai ao ataque. Gérson deixou de marcar o gol que qualquer perna de pau faria, na pequena área, com a casa do América escancarada. Mas o excesso de capricho e – eventualmente – a falta de atenção, mantém o placar em 0 a 0. O Coelho, que tem ótimo toque de bola, mostra um respeito exagerado, preso à defesa, e faz do contra-ataque a única estratégia ofensiva.
Com meia hora, acerta um deles, a zaga mais uma vez é envolvida com facilidade, e Benitez conclui em cima do adversário, o que mostra que basta forçar um pouco mais para superar o Rubro-Negro. Mas na reta final da etapa inicial, e passada a euforia, o Flamengo de Jorge Sampaoli já é o time medíocre de sempre. O que levará adiante o tortuoso treinador no tempo que resta?
‘Gênio’ ambulante
Na realidade, a equipe da Gávea não precisava trocar jogadores, mas mudança der postura, ou seja, evitar o excesso irritante de costura, com muitos erros nos passes, e sim objetividade para marcar gol, além de prestar maior atenção nas investidas do América. Também não houve novidade no cenário. O Flamengo criando eventualmente alguma chance – Gabriel desperdiçou excelente chance aos cinco minutos – e o adversário também, pois Mastriani, na sequência, foi desarmado na pequena área quando tocaria para dentro. Mas é de se ressaltar que o volume do Rubro-Negro, no Maracanã, diante de time médio, será sempre maior, o que só terá importância se transformar o fato em gols, o que positivamente não ocorre.
Aos 15 minutos, o gênio ambulante trocou Éverton Ribeiro por Vitor Hugo. Incrível. Assim, o Flamengo conseguiu empurrar opara a venda Matheus Gonçalves e até Mateusão, mas ele, Vitor Hugo, ficou. Por aí se vê o nível. Aos 20, o América deu sequência a várias substituições, e a possibilidade de surpreender nos contra-ataques aumenta.
Sampaoli, o caminhante
Aos 28, Rodrigo Varanda invade a área e abre o placar para o Coelho – gol que o famigerado VAR equivocadamente anulou. Marcelo van Gasse é irmão. Aos 30, Big Jim fez o favor de lançar Pedro. Mas aos 38, dentro da previsão após as providências de Vágner Mancini, Felipe Azevedo apanhou a sobra e bateu à direita de Matheus Cunha: 1 a 0. Erro básico de Ayrton Lucas: interceptar cruzamento jogando a bola para frente da área. Porém, nos acréscimos, Vitor Hugo – eis aí mais uma vez o imponderável do fuetbol em cena – apanha cabeçada e empata: 1 a 1. Na prática, fosse o América mais corajoso e teria vencido com facilidade.
Quantos quilômetros terá caminhado Sampaoli à beira do gramado? Talvez a distância suficiente para retornar a Rosário e aproveitar o inverno da terra natal.
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