Há um mês da grande final da Libertadores, Palmeiras e Flamengo se preparam para fazer a quarta decisão brasileira da competição no dia 27 de novembro, em Montevidéu, no Uruguai. Entre todas as questões psicológicas e táticas que envolvem os dois times, outra questão preocupa os clubes e a Conmebol: uma possível briga entre torcedores do Verdão e do Rubro-Negro.
Desde que os dois clubes se classificaram para a final, o jornal “La Nación”, da Argentina, noticia o encontro entre as duas torcidas no Uruguai como “tragédia anunciada” e “a final mais violenta de todos os tempos”, superando, inclusive, a decisão entre Boca Juniors e River Plate, que aconteceu em 2018 e foi realizada em Madrid por conta de episódios de violência.
Em tentativa de evitar uma tragédia, os dirigentes de Flamengo e Palmeiras alertaram a Conmebol sobre a importância de reforçar as medidas de segurança, tanto no estádio quanto nas rotas brasileira e uruguaia.
Torcedores de organizada dos dois clubes já realizaram um embate recentemente. Em 2016, no Estádio Mané Garrincha, durante o jogo pelo Campeonato Brasileiro, quando 21 palmeirenses, a maioria com uniformes da Mancha Verde, foram presos após agredir rivais. Na ocasião, três flamenguistas ficaram feridos, um em estado grave, e foram levados a hospitais da capital.
Nas próximas semanas deve acontecer uma reunião entre diferentes ministérios do país sede da decisão, a Conmebol e a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) para discutir o tema. Para tentar evitar novos episódios de violência, o Ministério do Interior uruguaio pediu à CBF uma lista de torcedores de Flamengo e Palmeiras que estariam proibidos de entrar em estádios.
A inimizade entre torcedores Rubro-negros e palestrinos é tão grande que, em 2019, o Ministério Público de São Paulo pediu à CBF que o duelo entre as equipes acontecesse sem a presença de público, o que é solicitado apenas nos clássicos paulistas.
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