Roberto Assaf

Flamengo espetacular derruba Scolari dentro da Arena

O que houve de mais interessante em Curitiba, além da classificação do Flamengo, é claro, foi ver o rosto derrotado do gênio Luiz Felipe Scolari, que mandou bater e acabou errando pela segunda vez, como já fizera no Rio de Janeiro, ao armar uma retranca que de nada adiantou. O time carioca venceu por 1 a 0 e confirmou a fase estupenda que atravessa, após um período de pânico, com Renato Gaúcho, o pior técnico da história do clube, e o lunático Paulo Souza, que tentou fazer o real valer mais que o euro.

Um jogo disputado em dois tempos, antes e depois do gol do Flamengo, aos 57 minutos, pois até ali havia pouco para anotar. Cá entre nós, como bate o tal de Pedro Henrique, à imagem e semelhança do chefe!

Havia o papo de que o Athlético deveria sair sem medo de ser feliz porque jogava em casa e a pressão nesse sentido seria enorme. Mas o time do Paraná entrou com três zagueiros e um atacante quase isolado, visivelmente preocupado com a retaguarda, e o Flamengo encontrou maior dificuldade para criar, ao contrário do que ocorrera no Maracanã, quando o adversário armou um sistema defensivo que seria, na teoria, intransponível. Assim, o que se viu foi um primeiro tempo truncado, pois o Athlético, ao melhor estilo do melancólico Luiz Felipe Scolari, parava o jogo com freqüência, com faltas que não justificavam cartões, mas impediam a evolução do rubro-negro carioca. Nesse ritmo, não aconteciam chances de gol, e só um acaso poderia movimentar o placar. Restava aguardar o que fariam os treinadores na etapa derradeira.

Flamengo detona no segundo tempo

O Flamengo voltou com maior poder ofensivo, mas não era efetivamente decisivo, errando o último passe, e pior, deixando espaços em excesso para os contra-ataques do Athlético, que parecia satisfeito com a estratégia. Aos 12 minutos, no entanto, e enfim, o time carioca fez valer a sua maior categoria. Rodinei cruzou da direita e Pedro, de bicicleta, abriu o placar: 1 a 0. A equipe paranaense trocou os dois atacantes, e decidiu que valia mais apostar no empate que manter a cautela, ou seja, ou obtinha a igualdade, ou tomava outro gol, o que praticamente o eliminaria. O Flamengo recuou, e o Athlético trocou um zagueiro por mais um homem na frente, providência sem dúvida necessária naquela circunstância. O time carioca passou a abusar de chutões – a bola ia e voltava – e o jogo ganhou feição distinta de tudo o que havia ocorrido até então. Ninguém seria capaz de cravar um resultado. Com meia hora, Gabriel perdeu uma chance incrível, chutando na trave. E o drama prosseguiu. Dorival Júnior fez duas mudanças. Uma temeridade substituir Vidal por Vitor Hugo naquele momento. Só os locais jogavam.

Mas ficou assim. Valeram a experiência e a superioridade do Flamengo. Resta agora ver Scolari reclamando da vida. Que segue.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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