O sujeito que saiu do trabalho, bebeu duas cervejas, chegou em casa e ligou a TV para acompanhar Flamengo 1 x 0 Coritiba, dormiu boa parte do jogo, dada a morosidade do time carioca e a incompetência do Coxa.

O Flamengo foi absoluto no primeiro tempo. No quesito posse de bola. Pois se traduzisse o domínio em gols teria enfiado cinco, ou seis, ou sete. Mas só marcou uma vez, com Rodrigo Muniz, de cabeça, escorando escanteio cobrado por Vitinho, aos 15 minutos. Pelo que se viu, seria difícil esperar uma reação do Coritiba, por carência absurda, de técnico, jogadores, e de um aliado ausente, o público, que ajudava a transformar a equipe do Paraná em adversário terrível, no Couto Pereira, mesmo em suas piores fases. Em 2009, por exemplo, o Flamengo foi campeão brasileiro, mas perdeu de 5 a 0 no estádio.

O Coritiba trocou três peças para o segundo tempo, com o objetivo, quem sabe, de dar ao time um mínimo de força ofensiva, o que aconteceu, embora deixasse espaços para os contra-ataques do Rubro-Negro. Logo, ficou assim: ou o Flamengo fazia 2 a 0, liquidando o jogo, ou por insistência, ou acaso, o Coxa igualaria o placar. Como os cariocas erravam sempre o último passe, e os locais não mostravam capacidade para ameaçar, a bola ficou passeando entre as intermediárias, irritando qualquer ser humano que goste de futebol.

E como mais nada ocorreu de interessante, o Flamengo venceu por 1 a 0, resultado que deixa o duelo aberto para a volta, no Rio. A propósito, se você é um daqueles que dormiu, veja, nestas linhas, que não perdeu nada.

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