O Flamengo obteve uma vitória espetacular, 4 a 0 no Velez Sarsfield, em Buenos Aires, na casa lotada do adversário, da primeira linha do futebol da Argentina, hoje semifinalista da Libertadores, e que um dia já foi campeão sul-americano e mundial. Pedro negou Hoyos três vezes. E Éverton Ribeiro completou. O time carioca ganhou porque teve paciência e categoria para impor a sua flagrante superioridade, e capacidade para frear o entusiasmo e o esforço dos argentinos, que em momento algum desistiram do jogo.

Pedro celebra o primeiro de seus quatro gols -Juan Mabromata/AFP via Getty Images

 

Agora vamos ao que interessa: a direção do Flamengo terá que tomar providências enérgicas em relação às convocações para os amistosos das seleções em setembro. Se a do Brasil levar dois jogadores para os emocionantes jogos na África, e a do Uruguai outros dois, Guillermo Varela e Arrascaeta, o Rubro-Negro ficará mutilado. Tite faz a convocação na sexta-feira, 9 de setembro, para partidas dias 23 e 27 respectivamente contra Gana e Tunísia. A Celeste jogará em idênticas. Contra o Irã e o Canadá, em Viena, capital da Áustria. As seleções estarão pelo menos 15 dias mobilizadas para tal. Caso levem quatro atletas, o Flamengo disputará partidas decisivas desfalcado, e será difícil manter a possibilidade de conquistar algum título.

Flamengo no Jogo

O Flamengo manteve o domínio nos primeiros 20 minutos e poderia até ter aproveitado pelo menos duas chances que criou, mas não o fez, um pecado para um time tão experiente. A estratégia do Velez era óbvia: contra-ataques rápidos para surpreender, e na impossibilidade de completá-los com acerto, executar cruzamentos rasantes, visando explorar prováveis erros do adversário. O jogo tímido dos argentinos mantinha a torcida comportada. O Flamengo, no entanto, não era um time efetivamente agressivo, mas prioritariamente calculista, que também aguardava equívocos da retaguarda azul, o que ocorreu pela primeira vez aos 32, quando Léo Pereira levantou na área, e Pedro, por trás da zaga, escorou à direita, na saída de Hoyos: 1 a 0.

Em desvantagem, o Velez decidiu por o bloco na rua, ampliando a intensidade, e quem sabe, fazer pressão. Aos 34, Orellana cobrou falta na trave esquerda. A equipe carioca passou a necessitar de um mínimo de tranqüilidade para aproveitar a indisfarçável afobação dos locais para costurar o jogo e marcar pela segunda vez. Aos 44, nesse estilo, Felipe Luiz perdeu grande chance. Nos acréscimos, repetiu a prática, e dessa vez Éverton Ribeiro mandou para dentro, após passe sutil de Gabriel: 2 a 0.

E agora…

Fim do primeiro tempo. Curiosamente, o time da casa não fez mudanças no intervalo. Mas não há, até ali, nada decidido. O jogo nunca está perdido quando o adversário é argentino. No recomeço, o Velez pôs o coração na boca. Na realidade, é o que restava. Aos 15, nova troca de passes, e ele, Gabriel, deixou Pedro à vontade para meter 3 a 0. Daí para frente, os azuis fieram todo o esforço para abafar e o Rubro-Negro, nos contra-ataques, desperdiçou várias oportunidades, até Pedro enfiar o quarto.

O Flamengo não pode deixar seleção levar jogador para disputar amistoso vagabundo na Europa. Esse é o fato.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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