O Flamengo foi mais eficiente – 6 a 5 – nos pênaltis e conquistou pela quarta vez a Copa do Brasil, após empate de 1 a 1 no tempo regulamentar, após uma campanha correta, na qual foi sem dúvida superior aos adversários, apesar do futebol ridículo – dos titulares “preservados” – exibido no segundo tempo desta quarta-feira (19/10).

Rodinei cobrou o pênalti que confirmou o tetra – Gilvan de Souza/Flamengo

Assim que a bola rolou, a impressão foi a de que o objetivo do Corinthians era pressionar a saída de bola do Flamengo, mas o time paulista, estranhamente – uma conversa de Yuri Alberto com Vitor Pereira teria influência nisso – recuou, optando pelos contra-ataques em velocidade, o que permitiu ao carioca trocar passes e ganhar o terreno para construir o gol de Pedro, aos sete minutos.

Sem outra escolha, o Corinthians mudou a estratégia: ganhou coragem e resolveu sair em busca do empate, o que deixou o jogo equilibrado, pois impediu que o Rubro-Negro tivesse a posse da bola por todo o tempo, e esboçasse ameaçar o adversário, tendo Renato Augusto como referência. O visitante, com dificuldade para invadir a área, vez por outra arriscava de longa distância, o que é boa opção em tais ocasiões.

A vantagem no placar dava ao Flamengo a possibilidade de aproveitar os espaços que o Corinthians eventualmente oferecesse. Isso ocorreu, por exemplo, aos 32, quando Arrascaeta marcou outro gol, este corretamente anulado, porque havia posição irregular na origem do lance.

A partida continuou igual, pois embora não mostrasse futebol brilhante, a exemplo da equipe carioca, o Alvinegro em momento algum desistiu de atacar. Não seria um exagero afirmar que o Flamengo apostou exageradamente – sem justificar – em ampliar a vantagem nos contra-ataques.

No segundo tempo

O Corinthians voltou para a etapa derradeira com Adson na vaga de Lucas Piton, sugerindo que pretendia partir para cima. E o time do Rio cometeu o erro de continuar recuado, repetindo a estratégia que manteve após o gol, situação que poderia definir o jogo aos oito minutos, quando Arrascaeta desperdiçou a grande oportunidade de fazer 2 a 0 – concluiu em cima de Cássio.

Já não havia, ali, justiça no placar, pois o Flamengo sofria pressão que sinalizava para um provável empate dos paulistas. Aos 13, Roger Guedes perdeu uma chance incrível, sozinho, na pequena área. Havia uma lógica: ou o Rubro-Negro acertava enfim uma saída em velocidade para fazer 2 a 0 – Éverton Cardoso marcou, mas o impedimento na origem era óbvio – ou o Corinthians igualava.

A quase tragédia começou em seguida, quando Dorival Júnior trocou Vidal por Matheuzinho – que é péssimo em qualquer posição – e Vitor Pereira pôs Giuliano no lugar de Du Queiroz, pois a superioridade da equipe paulista ganhou destaque definitivo, tanto que o Flamengo passou a atuar como time pequeno, com muitos chutões a esmo, e poder ofensivo quase nulo.

O descanso excessivo dos titulares – aqui bastante criticado – deixou o time pesado, esgotado, extenuado, apresentando um futebol, como dito, ridículo, que nem os valores individuais evitavam mais. Na sequência, um pacotão de mudanças nos dois lados, até o empate claro, merecido e evidente, com Giuliano, aos 36. O Flamengo tentou sair da toca – e evitar o vexame – mas já não havia jeito.

Nos pênaltis

E vieram os pênaltis, quando os “preservados” viviam o auge do “bagaço”. Nessa, deu Flamengo, graças aos erros de Fágner e Matheus Vital, e do acerto final de Rodinei, sim Rodinei: 6 a 5. Mas, cá entre nós, preservar jogadores é de um ridículo e de uma irresponsabilidade atroz.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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